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Em visita à feira AgroBrasília, Alckmin reconhece o aumento do protagonismo feminino no agronegócio

Durante visita ontem (16) à feira de tecnologia agrícola AgroBrasília, o pré-candidato à Presidência da República e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, reconheceu o protagonismo cada vez maior das mulheres em todas as atividades econômicas e sociais. O tucano destacou a influência das mulheres em todos os processos agrícolas e reiterou a importância da participação das brasileiras no desenvolvimento da economia rural e na agricultura familiar.

“O protagonismo das mulheres é cada vez maior em todas as atividades econômicas e sociais, inclusive no agronegócio, liderando a administração de propriedades rurais, seja na agricultura, na pecuária, na agroindústria, no setor de logística”, ressaltou.

Alckmin salientou que o agronegócio não se restringe a zona rural e o segmento gera emprego movimentando a economia. “Nós precisamos do talento, da sensibilidade e a garra das mulheres no setor. Quando a gente pensa em agronegócio, pensamos só na zona rural, mas não. Ele gera emprego na cidade também. É um grande motor da economia com um apelo social muito grande. E a participação das brasileiras é importantíssima”, acrescentou.

Sob comando feminino

Nascido em Mato Grosso, estado agrícola, o líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão, também destacou o recorte de gênero dentro do agronegócio, ressaltando que hoje as mulheres ocupam cargos de chefias dentro das produções.

“A participação das mulheres na agricultura e na pecuária só está crescendo. Cerca de 30% das propriedades rurais brasileiras tem liderança feminina. Eu sou de um estado produtor e as mulheres tem cada vez mais assumindo a dianteira da administração, da gestão e da pesquisa neste setor. E isso tem feito uma diferença enorme”, analisou.

Pré-candidatos

A pré-candidata à deputada distrital pelo PSDB, Noemi Alves, atribuiu o destaque feminino na agricultura e na pecuária à proatividade das mulheres em buscar soluções e informação no meio rural.

“Eu tenho visto as mulheres com um desempenho muito grande dentro do agronegócio. Elas estão empoderadas e isso é muito importante. Tenho amigas que são donas de fazenda e encaram desde a administração e compra de equipamentos até o trabalho na colheita. Elas dominam todo o processo de trabalho, o que dá autonomia diante de decisões importantes”, afirmou.

E acrescentou: “Antigamente a mulher não tinha este espaço. Ela sempre ficava de coadjuvante ajudando a produção do marido. E hoje as elas já auxiliam financeiramente os homens com suas próprias produções. Essa é uma tendência que deve crescer muito nos próximos anos”.

Funcionário da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater) e pré-candidato a deputado distrital pelo PSDB, Cleison Medas Duval, é especialista em floricultura e foi outro que reconheceu que as mulheres estão em ascensão no comando da produção de flores no Brasil. Segundo ele, houve uma mudança de postura das mulheres dentro das propriedades rurais e que elas estão se tornando independentes dos maridos nos negócios.

“Essas mulheres já trabalhavam nas propriedades rurais ajudando seus maridos principalmente na produção de hortaliças. Com essa possibilidade de trabalhar com a produção de flores elas perceberam que poderiam ter mais autonomia e liderar as próprias produções. Foi uma oportunidade delas desenvolveram alguma coisa dentro da propriedade que fosse só delas”, constatou.

Cleinson acredita que a independência dentro das atividades rurais contribuiu para a elevação da autoestima das produtoras e também para a independência financeira das mulheres. “Elas começaram a ser mais valorizadas por elas mesmo, pelos maridos, pelos filhos. Fizemos várias capacitações e depois de todo esse trabalho contínuo elas quiseram criar uma forma de se juntar para se fortalecer e criaram a cooperativa Multiflor, hoje com mais de 50 cooperadas”, disse.

Em 2017, a AgroBrasília movimentou R$ 710 milhões em negócios, segundo a organização do evento. Levantamento que antecipa o Censo Rural do IBGE mostra que a participação de mulheres na administração de propriedades rurais no Brasil passou de 10%, em 2013, para 30% no ano passado.