A Procuradoria Especial da Mulher do Senado e o Fórum de Mulheres do Mercosul (DF) promoverão debate nesta segunda-feira (20), a partir das 18h30, o tema “Homens parceiros, sentimentos verdadeiros: pelo fim da violência contra a mulher”. Até o dia 6, ocorrerão atividades de capacitação de profissionais de saúde, mobilização em hospitais e debate com a comunidade.
A iniciativa faz parte da campanha nacional “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”.
O objetivo da Campanha é sensibilizar e dar visibilidade às diferentes formas de violência contra as mulheres. No DF, o tema abordado será “Meninas, Mulheres e Respeito”.
Participarão como convidados Olgamir Amancia, professora decana de extensão da Universidade de Brasília (UnB); Santa Alves, presidente da Unegro; Thiago Pierobom, promotor de justiça do Ministério Público do Distrito Federal; e Wellington Alves Epaminondas, coordenador do serviço de urologia do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).
Campanha
A campanha dos dezesseis dias de ativismo é uma mobilização mundial que ocorre desde 1991 e é promovida pela Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres).
Desde sua primeira edição, mais 160 países aderiram a iniciativa. No Brasil, a campanha acontece desde 2003 e, para destacar a discriminação vivida pelas mulheres negras, as atividades aqui começam em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
Estatística
Só em 2015, o Brasil registrou um estupro a cada 11 minutos em 2015, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
As estimativas variam, mas em geral calcula-se que estes sejam apenas 10% do total dos casos que realmente acontecem. Ou seja, o Brasil pode ter a medieval taxa de quase meio milhão de estupros a cada ano.
Cerca de 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes. Quem mais comete o crime são homens próximos às vítimas, de acordo com o Sistema de Informações de Agravo de Notificação do Ministério da Saúde.
Há, em média 10 estupros coletivos notificados todos os dias no sistema de saúde do país com base em informações do Ministério da Saúde de 2016, obtidos pela Folha de S. Paulo.
No estado do Rio de Janeiro, há um caso de estupro em escola a cada cinco dias e 62% das vítimas tinham menos de 12 anos, segundo o Instituto de Segurança Pública obtidos pelo Extra.
E, ainda: duas em cada três universitárias brasileiras disseram já ter sofrido algum tipo de violência (sexual, psicológica, moral ou física) no ambiente universitário, segundo a Pesquisa “Violência contra a mulher no ambiente universitário”, do Instituto Avon, de 2015.
*Com informações da Agência Senado, dos jornais O Estado de S. Paulo e Extra, além da Folha de S. Paulo.