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Pelo menos 20% das mulheres rejeita ajuda contra depressão pós-parto

Um estudo publicado no Maternal and Child Health Journal revelou que apenas uma em cada cinco mulheres procura ajuda quando sofre dos sinais típicos de depressão pós-parto, tais como ansiedade e estresse. De 10 a 20% das mães passam por abalos de humor significativos depois do nascimento do filho, o que afetar negativamente o bem-estar físico e emocional da mulher e do bebê.

Os pesquisadores observaram que 51% das voluntárias, que participaram do censo preencheram os critérios para o quadro de desordens de humor ligadas ao pós-parto. Delas, metade revelou encontrar barreiras para procurar ajuda. Mais de um terço delas revelou que o apoio social que recebia era insuficiente.

A vereadora de Maceió (AL) Thereza Nelma (PSDB), destacou que a depressão pós-parto é uma triste realidade pela qual todas as mulheres estão passíveis de sentir na pele. “É muito triste, mas trata-se de uma realidade. Há aproximadamente 10 dias tivemos um triste caso aqui em Maceió, em que uma mãe retirou a própria vida, após alguns dias de dar a luz a um lindo bebê. E foi um choque para todos os alagoanos”, contou.

Para Thereza Nelma, existem dois fatores primordiais para que essa depressão seja combatida: um pré-natal de qualidade, com acompanhamento e assistência para as grávidas, e o apoio de familiares e amigos na assistência emocional da mãe durante o processo de gestação e primeiros meses de nascimento de bebê.

A tucana chamou a atenção para a necessidade de mais políticas públicas que forneçam apoio e assistência. A tucana contou ainda que irá abrir um espaço para discussão sobre possíveis medidas que seu município possa tomar contra a depressão pós parto.

“É preciso apoiar essas mulheres e dar assistência para que não se sintam sozinhas em momentos difíceis como esse. Realizarei uma audiência pública, na Câmara Municipal de Maceió, no próximo dia 11 de setembro, para possamos abrir um diálogo sobre esse mal e discutir formas de apoio mais enfáticas para essas mulheres”, disse.

Pela pesquisa, não foi possível identificar quais os motivos para a resistência em procurar ajuda, porém, foi possível observar que mulheres com histórico de problemas de saúde mental, desempregadas ou com sintomas mais severos costumam encontrar dificuldade maior na busca por amparo.

Clique  aqui para ler a íntegra da pesquisa.