Comemorado a cada dia 25 do mês, o Dia Laranja alerta para a urgente necessidade de prevenir e eliminar a violência contra as mulheres e meninas. Sendo uma cor vibrante e positiva, o laranja representa um futuro livre de violência contra mulheres e meninas, convocando ativistas, governos e agências das Nações Unidas a se mobilizarem pela prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas, não só uma vez ao ano, no 25 de Novembro (Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres), mas todos os meses.
Neste Dia Laranja, 25 de agosto de 2017, a campanha das Nações Unidas UNA-SE Pelo Fim da Violência contra as Mulheres centra-se na violência contra mulheres e meninas em crises humanitárias. Com o crescimento contínuo da população, a urbanização e a sobrecarga dos recursos naturais, as crises humanitárias se prolongam e o número de comunidades que necessitam de assistência humanitária aumenta.
Nas comunidades afetadas por crises humanitárias, as mulheres e as meninas são frequentemente colocadas em risco. Elas são mais propensas a perder seus meios de subsistência e a enfrentar situações de violência baseada em gênero, como a violência sexual, o casamento precoce e o tráfico de pessoas com fins de exploração sexual.
No Brasil, a ONU Mulheres pede atenção à violência contra mulheres e meninas que vivem nas comunidades mais pobres, tendo em vista a vulnerabilidade que advém da ausência de direitos, como o pleno acesso à segurança, à educação, à mobilidade, à iluminação, entre outros serviços públicos que contribuem para a sua qualidade de vida e segurança.
A Agenda para o Desenvolvimento Sustentável de 2030 postula claramente que todas as mulheres e meninas, independentemente da localização, situação ou status migratório, devem ter direito a uma vida livre de violência. Qualquer medida tomada para alcançar o Objetivo 5 desta agenda deve considerar como eliminar todas as formas de violência contra as mulheres e meninas, incluindo as pessoas afetadas por crises e conflitos.
Escolas Seguras – Em 2017, como parte da agenda do Dia Laranja, a ONU Mulheres destaca a cada mês iniciativas e práticas na educação, a fim de avaliar formas de prevenir a violência contra mulheres e meninas no contexto educacional.
“Todos os anos 246 milhões de crianças sofrem violência baseada em gênero dentro ou no entorno das escolas. A educação é um elemento chave na prevenção da violência contra mulheres e meninas e para o futuro que estamos construindo junto com elas. Pensar em cidades seguras é também garantir a educação de qualidade das meninas, bem como fortalecer toda a rede de pessoas à sua volta, como as professoras e professores, as famílias, as comunidades, o poder público e outras esferas que compõem a sociedade”, diz Nadine Gasman, Representante da ONU Mulheres.
No dia 25 de agosto, a ONU Mulheres organiza o evento Escolas Seguras para Meninas e Mulheres – Violência e Prevenção no Rio de Janeiro, em parceria com o SESC. O evento, que acontece na Escola SESC de Ensino Médio de Jacarepagua, tratará da prevenção da violência em contextos de crescente violência urbana, da segurança das meninas e mulheres das escolas e comunidades no Rio de Janeiro, e de projetos educativos e culturais que têm possibilitado a construção de espaços seguros para meninas.
Participam do debate Ana Lúcia Monteiro, coordenadora do programa Uma Vitória Leva à Outra da ONU Mulheres; Cláudia Fadel, diretora do programa de Educação Departamento Nacional do SESC; Marcelo Montenegro, coordenador do Programa Cidades Seguras para as Mulheres da ActionAid; Rafaela Soares Cortes, aluna do projeto da ONU Mulheres Uma Vitória Leva à Outra e Rafaela Ponciano e Carolina Abreu, do Comitê de Gênero da Escola SESC de Ensino Médio.
A Escola SESC de Ensino Médio é um instituto de ensino em período integral que recebe jovens de todo o país que expressam a heterogeneidade da educação brasileira. Cerca de 54% dos estudantes vêm de famílias com renda entre 1 e 3 salários mínimos. O espaço conta com uma das mais privilegiadas estruturas de ensino do Brasil, com Espaço Cultural, laboratórios, biblioteca, ateliers de arte e complexo esportivo.
*Com informações da ONU.