Esse dado faz parte de um levantamento feito pela ONG Transparência Brasil que foi a campo revisar os dados do Ministério da Educação. A pesquisa mostra ainda que, das 7.453 obras em andamento, 29% estão paradas e 17% atrasadas.
A presidente do PSDB Mulher do Rio de Janeiro, Sebastiana Azevedo (PSDB), acredita que a falta de creches é prejudicial tanto para as mães quanto para as crianças. “A creche é fundamental para que a mulher exerça sua profissão. É um direito da mulher poder trabalhar e quando ela não tem onde deixar os filhos com segurança esse direito lhe é tirado”, disse.
A tucana frisou ainda os danos à educação causados em crianças que não têm acesso as creches. “Ficar em casa é muito ruim para a formação dessas crianças. Quanto mais cedo a criança tiver convívio social com outras, mais desenvolvida ela se torna e, consequentemente, será um cidadão melhor”, afirmou.
Ainda de acordo com o jornal, o governo gastou pelo menos R$ 1,5 bilhão em obras paradas na última década. Essa verba veio do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela construção de creches e escolas nos municípios desde de 2007. No entanto, segundo o telejornal, falta controle das construções. No período de setembro de 2015 a agosto de 2016, apenas 34% das obras receberam algum tipo de fiscalização.
Sebastiana completou dizendo que deixar de construir creches é excluir a mulher do mercado de trabalho – e, com isso, o país fica perde a contribuição feminina para a melhora da economia.
O Brasil ainda não cumpriu a meta estabelecida pelo governo de garantir creches para todas as crianças de até 3 anos. O objetivo é chegar a 50% das crianças nas creches até o fim deste ano, mas até agora só um terço das crianças nesta faixa etária está numa creche.