Segundo o Mapa da Violência de 2015, a cada dia, 13 mulheres são vítimas de feminicídio, fazendo com que o Brasil ocupe o 5º lugar no ranking global da violência contra a mulher. O feminicídio é definido pelo Instituto Patrícia Galvão, ONG que debate os direitos das mulheres, como o assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher. Ocorre quando envolve violência doméstica e familiar, e/ou menosprezo ou discriminação. Os números, elevados, chamam a atenção para uma realidade de violência que é resultado de uma cultura machista ainda muito presente em nosso país.
Solange Jurema, presidente nacional do PSDB-Mulher, esclarece que os números podem ser ainda maiores, já que setores de segurança ainda não estão capacitados para lidar com o problema.
“Infelizmente as delegacias não foram capacitadas para que isso funcione. Você tem que capacitar delegacias, hospitais, IML, os oficiais, para que tenhamos ideia das estatísticas reais. É preciso que as pessoas saibam identificar essa modalidade de crime”, orientou ela.
A lei classifica o crime como hediondo, tal como o estupro, porém, as estatísticas que identificam a modalidade são falhas pela falta de qualidade em sua classificação. Muitos dos crimes contra mulheres são considerados homicídio ou latrocínio, por exemplo.
A Presidente do PSDB–Mulher afirma que políticas públicas de acolhimento à mulher são necessárias, tal como a Lei Maria da Penha, que completa 11 anos de vigor ainda este mês. “A lei Maria da Penha representou um avanço para nós, mulheres. As pessoas pararam de achar que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher. Agora a pessoa tem mais conhecimento de como denunciar, onde denunciar, elas denunciam”, declarou a tucana.
Além de fazer o uso da Lei, especialistas no tema alertam que é preciso que a violência contra as mulheres seja discutida urgentemente dentro das escolas, desde a formação do indivíduo.