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PSDB Mulher reúne vereadoras para discutir ética e responsabilidade no mandato

São Paulo (SP) – Em parceria com o Instituto Teotônio Vilela (ITV) e a fundação alemã Konrad Adenauer, o PSDB Mulher reúne vereadoras de todo o Brasil para participar, nesta sexta-feira (14) e sábado (15), do seminário “Legislativo Municipal: Atribuições e Reflexões para Vereadoras. O objetivo é capacitar as gestoras tucanas para que cumpram o seu mandato com plenitude, com uma compreensão mais ampla da ética e responsabilidade atreladas ao cargo, tendo maior participação em organizações sociais e instituições e fazendo melhor uso de suas redes sociais.

Na abertura do evento, a presidente nacional do PSDB Mulher, Solange Jurema, destacou a importância das mulheres se unirem para discutirem suas próprias bandeiras. Ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do presidente nacional do ITV, José Aníbal (PSDB), e da vereadora Nancy Thame, presidente do PSDB Mulher de São Paulo, Solange lembrou que são as mulheres que estão na ponta, e pagam os maiores preços pela falta de políticas sociais. Daí vem a importância da representatividade.

“O que as pessoas estão reclamando dos partidos políticos, e estão, com toda razão, sentindo, é o distanciamento daqueles que têm mandato do que a população quer, do que a população deseja. Ninguém melhor para representar essa população do que as nossas vereadoras, que estão lá na ponta, lidando com a população, ouvindo o que o Brasil quer”, disse.

A tucana criticou a estrutura da maior parte dos partidos políticos brasileiros, que são “herméticos para as mulheres”, e conclamou as vereadoras do PSDB a assumirem uma postura de mudança.

“Temos que ter mobilidade de mulheres que querem e entendem que podem melhorar a vida do país. Conhecimento é poder, e quanto mais preparadas para o seu mandato, mais empoderadas vocês ficam. Queremos mulheres poderosas e empoderadas, e com toda a força para mudar o Brasil”, afirmou.

A presidente estadual do PSDB Mulher, Nancy Thame, avaliou que a sociedade se sente distante dos partidos políticos, problema que pode ser resolvido com a aproximação da vereança da população. “Transparência e uma democracia mais participativa é tudo o que a população está querendo, e a gente tem jeito de chegar a isso, formando uma grande corrente com esse novo jeito de fazer política que a gente tanto fala: mais participativo e com uma maior percepção da sociedade”, ponderou.

Futuro são as reformas

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lembrou que o Brasil vive um momento difícil, tanto na política quanto na economia. Para o tucano, o caminho para a recuperação são as reformas, como a Política e a da Previdência. “Há um enorme mau humor, meio que generalizado. Temos que ajudar o Brasil. Temos um compromisso para fazer essa transição até chegarmos no ano que vem. Se não mudar esse modelo que está aí, não vai melhorar”, considerou.

“Destaco também a importância da democracia, e do Legislativo como o poder originário. O Executivo executa, o Judiciário aplica a lei. O poder originário é o legislativo, e precisamos valorizá-lo. O Legislativo é mal visto, não pelo principal, mas pelos acessórios. É caro, desperdiça dinheiro público, o povo não o vê com bons olhos. Nós precisamos dar exemplo, começar dentro de casa”, acrescentou o tucano.

Presidente do ITV, José Aníbal também classificou as reformas como questões cruciais para o presente e para o futuro.

“Mudanças são necessárias na legislação trabalhista. O Brasil é um país muito injusto. Quando se olha a Previdência então, é um país injusto como nenhum outro, porque é um país rico, com muita gente rica, mas com uma injustiça muito forte que impacta o cotidiano dos brasileiros e pode inviabilizar a previdência pública no Brasil, que pode chegar a uma situação como a do Rio de Janeiro, que hoje não consegue mais pagar. É imprescindível, nesse momento de crise política, realizar as reformas e avançar. Os momentos de crise também são grandes oportunidades”, apontou.

O tucano também destacou a importância do diálogo, que as vereadoras do PSDB devem estabelecer com a comunidade, assim como o partido tem procurado fazer em todo o território nacional.

“Acho que está faltando um pouco de coragem para nós para levar a conversa sobre essas reformas à cidadania. As portas estão abertas. A gente precisa aproveitar esse momento, fazer encontros no Amapá, no Rio Grande do Sul, no interior do Mato Grosso, no Pantanal. O PSDB precisa estar bem municiado para enfrentar os grandes desafios brasileiros”, completou.