A ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB-BA), participou na tarde desta quarta-feira (8) do lançamento de diretrizes do governo federal para humanizar o parto normal e reduzir intervenções consideradas desnecessárias nas mulheres gestantes. A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, e contou com a presença do presidente Michel Temer, da primeira-dama, Marcela Temer; além do ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Em seu discurso, a ministra disse que não medirá esforços para que “a mulher brasileira deixe de ser vítima do grande número de feminicídios, do desemprego e do salário aviltante”. Luislinda também aproveitou para registrar sua preocupação com a mulher negra, merecedora de uma política especial, inclusive na saúde. A ministra ainda conclamou todas brasileiras a se unirem para conquistarem mais espaços nos Três Poderes do país, ressaltando a importância feminina no processo político nacional.
“O anseio de todas as mulheres deste país é o sim da inclusão em todas as partes, sem distinção; é o sim da paz para todas as mulheres que mourejam nesse país e é também a esperança das mulheres encarceradas, que há muito aguardam o seu julgamento do alegado delito cometido nem sempre comprovado. São muitos os ‘sim’, mas destaco também o ‘não’ ao assédio moral, ao assédio sexual, ao tráfico de mulheres, principalmente das mulheres negras. São muitas questões a serem resolvidas, mas um alento: o Brasil está mudando, mas precisamos correr para resolver todas as demandas”, disse a tucana.
De acordo com a Agência Brasil, o documento lançado possui uma série de recomendações como, por exemplo, a presença de doulas ou acompanhantes no momento do parto, o direito à anestesia e métodos de alívio da dor (banhos quentes, massagem e técnicas de relaxamento), respeito à privacidade da mãe, estímulos à amamentação e o direito a colocar método contraceptivo “diu” pós-parto ou depois de sofrer aborto em hospitais públicos.
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