Longa mistura personagens reais e fictícios, com Carey Mulligan no elenco.
Meryl Streep faz breve aparição no filme que mostra manifestações.
Oportunidade! Quem ainda não assistiu o filme “As Sufragistas” e for assinante de TV a cabo, já tem programa para esta segunda-feira (28). Basta sintonizar o canal Telecine Premium, às 22h.
Retratando uma das principais lutas das mulheres na Inglaterra, “As Sufragistas”, de Sarah Gavron, tira da invisibilidade figuras que não escreveram suas biografias e foram esquecidas ou difamadas pela imprensa de sua época, no caso, o início do século 20.
Misturando personagens reais, como a líder Emmeline Pankhurst (uma breve aparição de Meryl Streep), com ficcionais – que, na verdade, somam o perfil de várias militantes -, o filme roteirizado por Abi Morgan infiltra uma contagiante urgência nas manifestações, muitas violentas, que levaram à conquista do voto feminino na Inglaterra, com restrições, em 1918, e finalmente aberto a todas as mulheres, em 1928.
O ano da história é 1912, quando poucas evidências de discriminação podiam ser mais gritantes do que a impossibilidade legal das mulheres inglesas não só de votar, como de disputar a guarda dos filhos ou administrar os próprios bens. Elas não têm voz, portanto, nem em casa, nem no trabalho, muito menos no Parlamento.
Um exemplo é a lavadeira Maud Watts (Carey Mulligan), que se esfalfa em longas jornadas diárias, ganha salário menor do que os masculinos e ainda tem como suas tarefas o cuidado da casa, do marido (Ben Whishaw) e do filho pequeno, George (Adam Michael Dodd).
Fora isso, o assédio sexual no ambiente de trabalho é a regra, vitimando garotas pobres que começam a trabalhar desde a infância, caso de Maud, funcionária da lavanderia desde os 7 anos.
O contato de Maud com o movimento sufragista é acidental, num dia em que ela foi ao lado mais rico de Londres fazer uma entrega, sendo surpreendida por uma passeata de aguerridas militantes femininas que quebravam vidraças para chamar a atenção.
Maud nem imagina que este incidente está abrindo um capítulo novo em sua vida, desencadeado pelo contato com sufragistas em seu próprio trabalho, como a colega Violet (Anne-Marie Duff), bem como de outra classe social, como a química Edith Ellyn (Helena Bonham Carter) – em cuja farmácia acontecem reuniões de mobilização feminina.