Após descobrir doença, professora deixa trabalho, muda para o litoral e adota exercícios e meditação em busca de uma vida mais saudável
Estêvão Azevedo,
O Estado de S. Paulo
24 Outubro 2016 | 07h00
Degenerativa, irreversível, progressiva. Por muito tempo, estas três palavras assombraram a vida da professora de português Márcia Curval. Os adjetivos, tão realísticos quanto duros, definiam o mal que pegou a paulistana de surpresa com um diagnóstico precoce – aos 48 anos, Márcia descobriu que tinha Doença de Parkinson. A patologia é causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina no organismo, substância química responsável por transmitir mensagens entre as células nervosas. Quando escassa, ela provoca perda do controle motor e consequentes tremores, lentidão nos movimentos voluntários, problemas com o equilíbrio e rigidez dos músculos e articulações.
“É uma terminologia muito agressiva, e você demora a digerir esse conceito. É muito punk. Chorei compulsivamente, porque a notícia caiu como uma bomba, como sempre acontece”, relembra Márcia. Depois de meses com dores no braço, a professora havia buscado a orientação de um ortopedista, porém ouviu, no consultório, que seu problema era neurológico, e que o ideal seria procurar a ajuda de outro profissional. “É um prato bem amargo que você vai digerindo aos poucos, mas, uma hora, ele desce”.
De lá para cá, dez anos se passaram. Nesta uma década convivendo com a doença, a professora conta que atravessou diversas fases, da negação à apatia. Mas que, em um determinado momento, decidiu que não se deixaria vencer pelo Parkinson, e que tomaria todas as providências necessárias para um controle adequado da doença, adiando ao máximo os sinais de sua evolução. Agora, aos 58 anos de idade, orgulha-se de uma vida com hábitos mais saudáveis depois de mudanças radicais.
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