A Petrobras talvez seja o melhor exemplo de quanto o país pode melhorar depois de ter se livrado dos governos do PT. Em pouco tempo sob nova gestão, agora profissionalizada, a estatal já começou a sair do fundo do poço em que o julgo populista e corporativista que marcou os últimos anos a havia colocado.
Está em marcha uma ampla reestruturação na companhia. Inclui voltar a produzir petróleo e derivados com eficiência, perseguir melhores resultados na forma de lucro e passa por não ser mais usada como instrumento de política monetária, ou seja, como arma para segurar a inflação, como acontecia nas gestões de Lula e Dilma.
Contempla também desfazer-se de negócios ruinosos, concentrar-se em atividades realmente produtivas e atuar com um corpo funcional ajustado à realidade. E passa, sobretudo, pela restauração da governança na estatal, a fim de livrá-la da praga da corrupção, que lhe causou perdas reconhecidas até agora de mais de R$ 80 bilhões.
A chegada de Pedro Parente mudou o panorama da Petrobras. Conhecedor como poucos do setor público e executivo bem-sucedido, implantou um plano saneador que inclui a redução do endividamento e a venda de ativos a um ritmo de US$ 15 bilhões pelo menos para os próximos dois anos. O plano de negócios também prevê redução de 25% nos investimentos, para US$ 74 bilhões, em cinco anos.
As mudanças já surtem efeito. Desde a mudança de governo, ou seja, em menos de seis meses, as ações da estatal já subiram 84%. A empresa se desfez de ativos aqui e lá fora, como a refinaria de Okinawa, no Japão, uma das ruínas incorporadas à sua carteira na época das gestões petistas. Até agora, apenas neste ano US$ 9,7 bilhões foram alienados.
A estatal deixará setores em que se meteu sem nenhuma eficácia: biocombustíveis, distribuição de gás de cozinha, produção de fertilizantes e petroquímica. Vai concentrar-se no que sabe fazer como ninguém: produzir petróleo, inclusive nas dificílimas condições das águas ultraprofundas do Atlântico.
Neste particular, a companhia está ganhando do Congresso um verdadeiro presente, na forma do fim da obrigatoriedade de participação em todos os leilões do pré-sal, conforme previa a legislação da megalomania petista. O projeto de autoria do hoje chanceler José Serra aguarda apenas votação final pela Câmara dos Deputados para seguir à sanção presidencial.
A Petrobras foi o símbolo da destruição patrocinada pelos governos do PT. Agora, sob comando competente, representa a capacidade de ressurreição do país, e das nossas estatais em especial. Desde que prosperem gestões sérias e comprometidas com a busca de melhores resultados para toda a sociedade, como a atual, e não apenas para o grupo político que se apossara do patrimônio dos brasileiros.