Para o deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP), a medida torna a Petrobras mais competitiva em relação ao mercado internacional. Um dos motivos que levou a companhia a reduzir os preços foi o aumento recente da importação de combustível por outras empresas.
“Essa correção de preços, agora reduzindo o valor do diesel e da gasolina, vai ao encontro das medidas adotadas pelo governo federal como um todo, buscando desenvolvimento econômico, transformando a nossa empresa em uma companhia competitiva em relação ao mercado internacional.”
Os preços praticados no exterior e as condições do mercado internacional serão avaliados uma vez por mês pelo grupo executivo de mercados e preços da Petrobras, formado pelo presidente da instituição, Pedro Parente, e mais dois diretores. Apesar de o governo federal ser o acionista controlador, a nova política reforça que o comitê da diretoria tem autonomia para decidir o valor dos reajustes, sem interferência.
Miguel Haddad destaca a importância dessa independência. Segundo o tucano, as questões políticas permearam a Petrobras por muitos anos e colaboraram com a crise que a estatal enfrenta hoje.
“Essa independência é que permite que a Petrobras comece a se recuperar, porque quando ela está atrelada ao governo federal, às variáveis políticas, a sua recuperação é muito mais difícil. Tudo isso vai transformando a Petrobras novamente em uma empresa que todos nós brasileiros temos orgulho.”
A última redução de preços dos combustíveis foi registrada em 2009. Entre os princípios da nova política, a Petrobras também estabelece uma margem para recuperação de riscos ligados às operações, como tributos, estadia em portos, e volatilidade da taxa de câmbio e dos preços.
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