Opinião

O que as prefeituras devem fazer para melhorar a qualidade de vida das mulheres, por Solange Jurema no site ITV

Foto: George Gianni/PSDB
Foto: George Gianni/PSDB

Foto: George Gianni/PSDB

As eleições municipais são um momento ímpar e uma oportunidade excepcional para candidatas colocarem em pauta temas relevantes para melhorar a qualidade de vida da mulher.

Emprego, creche, escola integral, combate a violência, mobilidade urbana são algumas das bandeiras que devem estar incluídas em todas as plataformas eleitorais de candidatas a prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras.

Geração de emprego e renda é uma questão importantíssima, e as estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) apontam que as mulheres e os jovens são a maior parte do contingente de 12 milhões de desempregados do país.

Creches e escolas de tempo integral ajudam a resolver esta questão, porque milhões de brasileiras nem sequer ingressam no mercado de trabalho por absolta falta de alguém que cuide de seus filhos. E construir mais creches nos municípios é bandeira tucana inquebrantável.

Há que se reivindicar e lutar por uma maior presença do Estado no combate à violência contra a mulher, com a criação de espaços multidisciplinares na prevenção, repressão e conscientização dos direitos da mulher.

Por fim, a mobilidade urbana atinge diretamente milhões de mulheres que diariamente utilizam os precários sistemas públicos de transportes que precisam, em alguns municípios, serem totalmente reformulados. É questão vital na melhoria de qualidade de vida feminina.

A luta deve ser constante e persistente. As bandeiras fundamentais e as reivindicações, históricas. Recorro à plataforma da pioneira Bertha Lutz, que nas eleições de 1934 já queria mudança da legislação trabalhista referente à mulher e à igualdade salarial. Uma plataforma que continua atual, infelizmente.

*Solange Jurema, advogada, foi ministra da Secretaria Nacional de Políticas Públicas para Mulheres em 2002 e hoje é presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB

**Publicado originalmente no site do Instituto Teotônio Vilela – ITV