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Política petista de direcionar recursos dos trabalhadores coloca em risco fundo de investimento FI-FGTS

Dilma e Lula em coletiva no Planalto FOTO Wilson Dias ABrBrasília (DF) – Estratégia escolhida pelas gestões petistas para investir em empresas selecionadas pelo governo, a política de direcionar recursos dos trabalhadores, além de ter provocado prejuízos bilionários aos fundos de pensão, também colocou em risco as aplicações feitas pelo FI-FGTS. Em 2015, o fundo de investimento em infraestrutura registrou uma perda de cerca de R$ 2 bilhões em investimentos na Sete Brasil, empresa investigada em duas operações da Polícia Federal: Lava Jato e Greenfield.

As informações são de reportagem publicada neste domingo (18) pelo jornal Folha de S. Paulo. No caso da Sete Brasil, cerca de 90% do prejuízo foi posteriormente coberto pelo governo, que ofereceu ações do Banco do Brasil como garantia. A empresa, que fornecia sondas para a Petrobras, entrou em recuperação judicial em abril deste ano.

Vale lembrar que o FI-FGTS ainda tem cerca de 20% das suas aplicações em outras empresas citadas na Lava Jato, principalmente em duas subsidiárias da empreiteira Odebrecht. O valor é equivalente a R$ 4,1 bilhões. Em 2015, o FI-FGTS registrou um prejuízo de quase R$ 1 bilhão, mas voltou ao azul no primeiro semestre deste ano, quando lucrou R$ 1,7 bilhão.

Os investigadores da Operação Greenfield contestam também aplicações feitas pelos fundos de pensão Funcef, da Caixa Econômica Federal, e Petros, da Petrobras, por meio do FIP Sondas, Fundo de Investimento em Participações que possui 95% da Sete Brasil. A força-tarefa da Greenfield apontou um prejuízo de R$ 8 bilhões nos fundos de pensão estatais.

Para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF), as decisões dos fundos Petros e Funcef de aumentar os investimentos no FIP “foram claramente temerárias ou mesmo dolosas”, já que, mesmo no final de 2011, “era evidente a impossibilidade econômico-financeira de, razoavelmente, justificar qualquer novo aporte de capital”.

Leia AQUI a íntegra da matéria do jornal Folha de S. Paulo.