De acordo com matéria do jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira (12), a suspeita são fraudes de R$ 8 bilhões do total de um déficit de R$ 50 bilhões, mas as perdas só serão realmente conhecidas pelos trabalhadores quando se aposentarem.
Para o deputado federal Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), o aparelhamento político e partidário dos fundos trouxe não só prejuízos aos funcionários, mas também ao erário público e à deterioração dos serviços. “Os fundos de pensão desviados representam uma das ações mais graves da presidente Dilma, que sofreu impeachment justamente por escândalos administrativos de seu governo e sua omissão, que é crime de responsabilidade”, disse o tucano.
Segundo o parlamentar, o uso político eleitoral e partidário dos fundos é mais um motivador para a aprovação do projeto de Lei 388/2015, que cria um novo marco para a gestão dos fundos de pensão das empresas estatais. O projeto substitutivo, apresentado pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, já foi aprovado no Senado e se encontra em tramitação em regime de urgência na Câmara dos Deputados. “O senador Aécio apresentou esse projeto para resolver o problema do povo que foi roubado pelo governo da presidente Dilma, trazendo prejuízos a todos trabalhadores e precisamos dar uma solução a isso.”
Atualmente, os prejuízos nos fundos estão sendo pagos pelos trabalhadores mais antigos que possuem benefícios definidos. Segundo a Folha, o plano do Postalis, por exemplo, está sendo coberto com duas rodadas de recursos extras, cujos aposentados chegam a pagar 14% do benefício. Funcef e Petros também fizeram propostas para cobrir o rombo, enquanto a Previ aguarda o resultado do ano para discutir a melhor forma de minimizar o problema.
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