Brasília (DF) – O ministro das Relações Exteriores, José Serra, refutou nesta quarta-feira (8) a afirmação de que o Brasil está “em cima do muro” em relação ao apoio a um candidato a secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o chanceler, a avaliação é “injusta, errada e não tem nada a ver”. Ele afirma que o país está na ”na expectativa, porque está havendo prévia em relação a isso [na ONU], mas não há posição já definida”. As informações são do jornal Valor Econômica desta quinta (8).
No último dia 29, o ex-primeiro-ministro português António Guterres foi escolhido pela terceira vez entre os 11 candidatos como o preferido do Conselho de Segurança da ONU para assumir o cargo. A expectativa é que um consenso possa se consolidar em outubro, para que o nome possa ser recomendado à Assembleia Geral da organização.
Sobre o possível apoio à ministra de Relações Exteriores da Argentina, Susanna Marcorra, Serra afirmou que tem simpatia por ela, mas há também a possibilidade de apoiar Portugal. Segundo a reportagem, deixar de apoiar a candidata do país vizinho é “complicado”, mas também será difícil não defender a candidatura de Guterres depois do esforço feito por Portugal na União Europeia (UE) pela eleição do brasileiro Roberto Azevêdo para a Organização Mundial do Comércio (OMC) há três anos.
O jornal avalia que o problema tem sido a Rússia, com poder de veto. Moscou insiste que a vez é de um candidato do leste europeu. O segundo maior favorito no momento é o ministro das Relações Exteriores da Eslováquia, Miroslav Lajcák.
Em terceira posição, Irina Bokova, da Bulgária, atual diretora-geral da Unesco, é vista por muitos como pró-Rússia e sua candidatura gera controvérsias até na Bulgária. Um ex-dirigente do Parlamento enviou uma carta-denúncia contestando sua gestão na ONU e dizendo que sua fortuna é “mal explicada”, incluindo a compra de apartamentos em Paris, Londres e Nova York por US$ 5 milhões.
Clique aqui para ler a íntegra da matéria.