Durante a construção da barragem de Fundão, a Samarco alterou totalmente seu projeto básico, não o enviou para a revisão, usou materiais mais baratos na drenagem e deixou de registrar as mudanças feitas. As informações são de matéria publicada nesta quinta-feira (23) pelo jornal Folha de S. Paulo.
O documento é citado pela PF no inquérito como prova de que a mineradora “sabia de todos os problemas da barragem”. A Samarco, a Vale, a consultoria VogBR e oito executivos foram indiciados por crime ambiental. Todos negam ter cometido irregularidades.
Meses depois da construção, a barragem apresentou problemas de drenagem, e a empresa contratada para fazer o projeto não quis ser responsável pela correção alegando que a Samarco já havia descaracterizado a construção, segundo a reportagem.
A barragem de Fundão ruiu em 5 de novembro do ano passado e sua lama soterrou a vila de Bento Rodrigues, matou 19 pessoas e chegou ao litoral capixaba. As investigações apontam a drenagem como um dos principais fatores que levaram ao maior desastre ambiental da história do país.
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