O feijão, um dos principais produtos da mesa dos brasileiros, é hoje um dos que mais pressiona a inflação, como revela matéria publicada nesta quinta-feira (23) pela Folha de S. Paulo. Em poucas semanas, o preço do quilo, que estava entre R$ 8 e 12 nos supermercados, já chega aos R$ 18, dependendo do tipo e da qualidade. Como consequência da crise, os custos da produção, os problemas climáticos e o risco da cultura do feijão têm desestimulado os agricultores a continuar com o cultivo.
Para o deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE), a medida pode ajudar na regulação do mercado e combater a elevação dos preços. “Eu acho a medida correta para poder fazer a regulação do preço do produto, já que é um alimento muito comum na mesa do brasileiro e certamente o preço alto tem atrapalhado a vida de muitas pessoas. Então, acho que do ponto de vista emergencial é bom.”
Diante do cenário, Betinho Gomes alerta que é preciso estimular os produtores com melhorias na área logística e redução de impostos.
“Há um problema muito grave de logística no país. E a produção fica ainda mais encarecida por conta dessa situação de falta de estradas, de rodovias e ferrovias para poder fazer a distribuição dos grãos e da produção que vem da área rural do país. Então, há a necessidade de um lado buscar reduzir os custos e impostos, mas também melhorar a logística.”
A estimativa de produção do feijão na safra 2015/2016, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, é de 2,93 milhões de toneladas. Na safra anterior, a produção ficou em 3,1 milhões. As importações devem trazer ao país 200 mil toneladas a mais do grão.