A presidente afastada Dilma Rousseff até chegou a ensaiar viajar em avião de carreira, mas a baixa popularidade da petista a obrigou a pedir ajuda do seu partido para custear suas viagens. Após a restrição do uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) ao percurso Brasília-Porto Alegre por fazer uso do dinheiro do contribuinte para participar de eventos partidários contra o impeachment, o qual classifica como “golpe”, Dilma não teve outra alternativa a não ser pedir ao PT para custear seu périplo pelo país.
O deputado federal Maco Tebaldi (PSDB-SC) afirma que a medida de restringir o uso de aviões da FAB é correta e tanto o PT quanto a presidente afastada devem explicar a origem do dinheiro usado no fretamento de aviões. “É justo que ela não possa viajar com os jatos do governo, essa é uma medida que o governo adotou corretamente. Agora, ela precisaria explicar com que dinheiro o PT está pagando [os fretamentos]? Será que é com aquele dinheiro que foi roubado da Petrobras? Será que é dinheiro de propina? Será que é das palestras do Lula com o dinheiro do BNDES? De onde vem esse dinheiro?”, questionou o parlamentar.
Tebaldi disse que o PT nunca explicou o fretamento de aeronaves para transportar Lula no período em que o ex-presidente ficou em Brasília para tentar reunir votos contrários ao impeachment de Dilma. “É mais um absurdo que esse governo do PT comete”, criticou.
Desta vez, a presidente afastada visitará três capitais do Nordeste. De acordo com matéria do jornal O Globo, a petista participará, nesta quarta-feira (15), de uma audiência pública na Assembleia Legislativa da Paraíba, em João Pessoa, e segue no dia seguinte para Salvador, onde receberá o título de cidadã honorária na Assembleia Legislativa da Bahia, evento organizado pelo PT baiano. Já na sexta-feira (16), Dilma estará em Recife, em mais um ato político contra seu afastamento da Presidência da República.
Para o tucano, o fato da presidente afastada não usar aviões comuns se deve pela falta de popularidade e o medo de enfrentar a opinião pública. “Por que ela não vai de avião de carreira para enfrentar? Seria lógico e normal que acontecesse isso, mas como hoje ela não consegue nem mais entrar num restaurante, imagine então entrar num avião?”, disse Tebaldi.
Após a restrição do uso das aeronaves oficiais ser anunciada presidente em exercício, Michel Temer, e usar suas redes sociais para reclamar e afirmar que não pararia de viajar, Dilma apresentou na última terça-feira (7) uma petição ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, na qual afirma que as restrições prejudicam e “constrangem” sua defesa. O STF decidiu arquivar o pedido nesta terça. Desde que foi afastada, há um mês, Dilma teve quatro agendas fora de Brasília, a última na semana passada, também feita em jatinho fretado pelo PT após desistir de viajar em avião comercial.
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