Os maiores cortes aconteceram, especialmente, nos recursos destinados ao Fundo de Arrendamento Residencial, subsídio concedido aos mutuários mais carentes dentro do “Minha Casa, Minha Vida”. Em 2013, a quantidade de unidades contratadas no Faixa 1 do “Minha Casa” era de 399 mil. Já em 2014, as unidades somaram 132 mil e, no ano de 2015, apenas 1.188 foram contratadas.
O ministro das Cidades, Bruno Araújo, garantiu que o programa será mantido e que todos os cortes foram realizados pelo governo afastado.
Na avaliação do deputado federal Nilson Pinto (PSDB-PA), o caos encontrado pelo ministro Bruno Araújo (Cidades) na pasta é como uma “herança maldita” deixada pela gestão petista.
“Trate-se da herança maldita na sua face mais trágica. Exatamente na Faixa 1, que abrange aquelas pessoas de menor renda, é onde se deu o maior corte. E não foi agora. Há uma mentira sendo espalhada, de que aconteceu agora. O governo [Dilma] se descapitalizou, o governo se inviabilizou por conta dos gastos extremados, aloprados, que teve na campanha eleitoral de 2014 e não conseguiu sustentar os custos ao longo de 2015.”
O deputado também afirma que vê contradições entre o discurso do PT em trabalhar em prol dos mais pobres e o que foi feito durante o período em que esteve no governo.
“O problema foi de má gestão, de desgoverno na era Dilma. E cabe agora ao governo que se implanta, o governo Temer, o processo de tentativa de reconstrução. Reconstruir algo que estava destroçado. Se a intenção era defender os mais pobres, a preocupação deveria ter sido fazer uma gestão responsável, para que os recursos para os mais pobres fossem preservados. Não foi o que aconteceu.”