Manifestantes ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), MST (Movimento dos Sem-Terra) e outros grupos contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff fizeram protestos em pelo menos oito Estados do país nesta terça-feira (10), bloqueando rodovias, avenidas e dificultando o trânsito de milhares de brasileiros. No Rio Grande do Sul, aliados ao PT bloquearam vias pela manhã em cinco municípios. Os atos, segundo organizadores, são em defesa da democracia e contra o impedimento da presidente, tratado pelas entidades como “golpe”.
O deputado federal Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) lamenta que grupos com interesses privados usem de instrumentos democráticos para promover a desordem.
“Essa palavra na boca do PT, MST, desses movimentos que fazem atos de vandalismo com a coisa pública e que atacam as instituições sempre que elas não atendem aos seus interesses privados soa tão falso e tão débil. São os últimos gritos de agonia de quem vai perder aquilo que é público, mas que entendeu e usou, durante muito tempo, como se fosse seu, privado. Sem dúvida, esses movimentos irão parar depois, porque o Brasil vai entrar em uma nova etapa.”
Em São Paulo, várias vias expressas foram fechadas e manifestantes atearam fogo em pneus para interromper o trânsito. A Companhia de Engenharia de Tráfego registrou 116 Km de congestionamento na cidade. O Distrito Federal, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro e Paraíba também foram alvo dos manifestantes. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra queimaram pneus e levantaram cartazes a favor de Dilma em Minas Gerais.
O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP) vê como descabidos os ataques praticados por esses grupos. “Essa violência praticada por grupos minoritários hoje é descabida, porque o que se pressupõe daqui pra frente é a mudança tão pleiteada pela sociedade, que foi às ruas de maneira pacífica. O impeachment é a mudança e é isso que incomoda muito aqueles que querem se manter no poder.”