“Uma eleição presidencial antecipada teria a vantagem de dar voz aos brasileiros. Ela permitiria a cada um, inclusive ao PT, fazer valer seus argumentos. E ao Brasil de lidar com as crises econômicas e de confiança, algo que também atinge outros países”, justificou o editorial, destacando que a presidente Dilma terá dificuldades em terminar o mandato. “A renúncia da chefe de Estado, que perdeu a maioria parlamentar, seria menos complicada”, afirma o jornal.
Para o Le Monde, o argumento de golpe não se sustenta, já que o impeachment está previsto na Constituição brasileira, e é uma tentativa de desqualificar as manifestações e a oposição no país, além de revelar “dirigentes desesperados, negando seus erros”. O jornal lembra que o país não vive mais na ditadura e outro ex-presidente brasileiro (Fernando Collor) também já sofreu impeachment em 1992 com o apoio do PT – que hoje critica o processo por estar no governo.