A presidente da comissão de inquérito que investiga os crimes cibernéticos, Mariana Carvalho (RO), defendeu nesta quinta-feira (18) o adiamento dos trabalhos da comissão por 60 dias para que se possa ter uma conclusão mais eficaz. “Tendo em vista que os crimes cibernéticos têm uma evolução muito rápida, percebemos que a cada dia temos novos assuntos, novas temáticas a serem discutidas”, justificou.
A CPI começou os trabalhos em agosto de 2015 para apurar crimes cometidos on-line. Em 2014, a Polícia Federal deflagrou a operação IB2K para desarticular uma quadrilha suspeita de desviar, pela internet, mais de R$ 2 milhões de correntistas de vários bancos. Parte do dinheiro desviado era usado para comprar armas e drogas. Entre 2013 e 2014, houve crescimento de 192,93% nas denúncias envolvendo páginas na Internet suspeitas de tráfico de pessoas.
Durante os trabalhos, a comissão ampliou sua atuação por meio de quatro sub-relatorias para tratar dos seguintes temas: violações a direitos fundamentais; publicidade e comércio virtuais com foco nas instituições financeiras; pedofilia e outros crimes contra criança e adolescente, além de segurança cibernética.
Mariana lembra que a comissão tem o prazo final de 14 de março para concluir os trabalhos. “Estamos tentando cumprir todos os requerimentos já aprovados, tanto os aprovados no final do ano, como no começo do ano. Pretendemos fechar os relatórios para que possamos concluir”.
A parlamentar afirma que os membros da CPI têm uma grande preocupação de entregar um resultado positivo. Segundo Mariana, a finalidade da proposta é coibir os crimes virtuais, mas assegurar a liberdade de expressão dos internautas. “Agora é aguardar para que novos desfechos sejam realizados e sem dúvidas para que podemos dar uma maior transparência também para que esses crimes cibernéticos tenham uma diminuição no nosso país”, afirmou.
(Reportagem: Elayne Ferraz/ Foto: Alexssandro Loyola)