Na última quarta-feira (27), durante o seminário “Cultura da Paz e Feminino Profundo”, Nancy Ferruzzi Thame, presidente do PSDB-Mulher Estadual SP, disse que apesar das mulheres serem mais da metade da população, o espaço político ainda gira ao redor do homem.
“Nós podemos lutar pelas candidaturas. É claro que nós queremos mais mulheres participando. Mas nós temos, também, que ir além disso, nós temos que transformar um pouco o espaço que é centrado no homem”, ressaltou.
Para Nancy, o momento atual é de transformação, “é um período de muita energia para as mulheres”. Segundo ela, esse é o desafio: o de mudar o significado da cultura de poder.
“Nós temos que mudar o jogo. Esse é o desafio. Nós queremos respeitar às leis, mas as leis têm que ser respeitáveis e se as leis são feitas só pelos homens, cadê o olhar das mulheres?”, indagou.
Nancy observou que o núcleo feminino não quer apenas políticas públicas voltadas para elas. “Nós queremos mais, nós queremos olhar junto para criar leis para todos, porque o nosso jeito de olhar o mundo é diferente. Não podemos obedecer aquilo que é criado só pelos homens”.
A tucana também falou sobre o tema do seminário. Segundo ela, as palestras giram em torno da paz, porque esse é o ponto de partida e a “cultura da paz é o ponto de chegada”.
“Na cultura da paz, há o respeito das diferenças. Não é para ganhar aqui, ganhar lá. Nós temos que respeitar as diferenças, gerenciar conflitos”, explicou.
Serviço
A segunda parte do Seminário “Cultura da Paz e Feminino Profundo” acontece neste momento, em São Paulo, para cerca de 100 militantes.
A psicóloga, com ênfase em psicologia e religião, Denise Ramos , a pós-doutora Flávia Marquetti, a filósofa e psicanalista Káritas Ribas e a graduada em educação física e integrante do projeto Cooperação, Eliana Rossetti Fausto são as palestrantes.
Complexos culturais e imagens do feminismo, representações femininas nas artes e na literatura, culturas de dominação e de parceria e dinâmica são os assuntos abordados.