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25,1% dos brasileiros têm trabalho precário, aponta relatório da ONU

oscarvoeiros_EBCO relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta segunda-feira (14), aponta que 25,1% dos brasileiros têm trabalhos considerados vulneráveis. No mundo, esse problema atinge a 1,5 bilhão de pessoas. Em sua maioria, são imigrantes ilegais, trabalhadores do sexo, empregados em atividades perigosas (como carvoeiros), domésticos, trabalhadores em condições precárias, sem proteção social e representação sindical.

De acordo com matéria do Jornal O Globo, a pesquisa mostra ainda outro grupo de vulneráveis: trabalhadores que vivem com menos de US$ 2 por dia. Há ainda 830 milhões de trabalhadores que vivem com menos de US$ 2 por dia no mundo. No país, existem 3,4% dos trabalhadores nestas mesmas condições.

No mundo, há 204 milhões de desempregados, um número praticamente igual ao da população brasileira e três em cada quatro horas de trabalho não remunerado são feitas por mulheres. Já no Brasil, a recessão imposta pelo governo Dilma tem provocado aumento do desemprego. Apesar de também acontecer no resto do mundo, a desigualdade no trabalho também atinge diretamente as mulheres brasileiras e a diferença entre os salários com os homens é de 67%.

IDH

Após subir três degraus entre 2009 e 2014, o Brasil caiu uma posição na classificação dos países pelo Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) deste ano. Segundo o relatório da ONU, o país foi ultrapassado pelo Sri Lanka (ilha ao sul da Índia com cerca de 21 milhões de habitantes), ocupando a 75ª colocação entre as 188 nações e territórios reconhecidos pelo órgão internacional.

Entre os países da América do Sul, o Brasil está bem atrás da Argentina (40°), Chile (42°), Uruguai (52°) e Venezuela (71°). O primeiro lugar no ranking ficou com a Noruega, seguida por Austrália e Suíça. Em último, aparece o Niger. O índice mede o desenvolvimento humano por meio de três componentes – expectativa de vida, educação e renda – e quanto mais se aproxima de 1, maior é o IDH.

De 2013 para 2014, o Brasil registrou uma melhora no IDH, passando de 0,752 para 0,755. O país melhorou em educação (média de 7,4 para 7,7 anos) e na expectativa de vida (74,2 para 74,5 anos), mas piorou na renda do trabalhador. De acordo com matéria do jornal O Globo, o documento mostra que houve queda na renda per capita, de US$ 15.288 para US$ 15.175 – maior retração desde 1990 – e a crise econômica instalada pelo governo Dilma pode ter um impacto mais negativo sobre o IDH no próximo ano.

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