É uma ação necessária e indispensável, especialmente no final do ano, época em que, segundo especialistas e policiais, aumenta o número de agressões à mulher por conta da embriaguez, mais acentuada nas festividades natalinas.
É a terceira iniciativa do ano, que acontece nesta semana em alguns estados e mostra a crescente conscientização das autoridades judiciais com o julgamento de assassinatos de mulheres em todo o país e com o surgimento da Lei Maria da Penha, já conhecida por 90% da população brasileira.
O aumento dessa conscientização, no entanto, não evita episódios inusitados, como o que ocorreu em Brasília, em que uma mulher foi alcoolizada e estuprada por dois conhecidos, – um deles menor de idade – e foi detida assim que prestou queixa na Delegacia da Criança e Adolescente, pois dirigiu embriagada até o posto policial.
Pegando o exemplo de Brasilia, capital da República e com os melhores indicadores de qualidade de vida, saúde, educação e infraestrutura, percebemos o quanto ainda temos que conscientizar os agentes do Poder Público.
Nunca se pode esquecer que o país ocupa o vergonhoso quinto lugar no ranking dos países que mais cometem crimes contra mulheres, entre 83 nações listadas, atrás apenas da Rússia, Guatemala, Colômbia e El Salvador.
Nosso número é de 4,8 assassinatos a cada 100 mil mulheres por ano!
No Brasil inteiro, no ano passado, foram gerados 306 mil inquéritos policiais para apurar tentativas de assassinatos ou mortes de mulheres.
No país, a cada ano, cerca de 6 mil mulheres são assassinadas, a maioria delas por companheiros, ex-companheiros e familiares. Um terço dos casos ocorre na própria casa da vítima.
A média é de 500 por mês, 16 por dia e uma morte a cada hora!
É um escândalo nacional!
E, para combatê-lo, o Estado brasileiro precisa de mais mutirões como os da “Semana da Justiça pela Paz em Casa”, que punirão com maior celeridade os feminicidas que rondam as mulheres em todo o território nacional.
Mais Justiça para as mulheres!