Caso essas previsões se concretizem, a economia do país completará dois anos de retração profunda e inflação alta. As projeções dos analistas para o PIB de 2015 apontaram um encolhimento de 3,2% e uma alta do IPCA de 10,33%, conforme matéria publicada nesta terça-feira (24) pelo jornal Correio Braziliense.
Os analistas ainda estimaram que inflação não dará trégua até o fim do governo Dilma Rousseff. Analistas apontaram que a carestia atingirá 5,1% em 2017, 5% em 2018 e só chegará ao centro da meta, de 4,5%, em 2019. A Taxa Básica de Juros (Selic) não ficou fora dessa. A estimativa para o mesmo período é de que ela não deve ficar inferior à dois dígitos. Os analistas consultados pela autoridade monetária projetaram que a Selic terminará o ano em 14,25% e diminuirá para 13,75% em 2016.
Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, a deterioração do PIB e o aumento do IPCA estão ligados à crise política, ao encarecimento do dólar e aos aumentos nominais da renda dos trabalhadores. Ele acrescentou a disputa entre governo e parlamentares prejudica a aprovação de medidas para reequilibrar as contas públicas.
O professor da Universidade de Brasília (UnB) e também economista Newton Marques, segue a mesma linha de pensamento e diz enquanto o governo for refém do Congresso Nacional para aprovar o ajuste fiscal, as expectativas dos analistas continuarão a piorar.