POR CAROL KNOPLOCH
RIO — Conquistas femininas em xeque, desdém à violência contra a mulher, preconceito, assédio e a luta diária por igualdade. Temas que deveriam estar arquivados, longe das ruas, das manchetes dos jornais e TVs, ao contrário, são recorrentes, mesmo após cerca de dez anos da criação da Lei Maria da Penha. Na opinião de Teresa Cristina Cosentino, secretária de Estado de Assistência Social de Direitos Humanos do Rio de Janeiro, o momento atual remete a séculos passados, quando a mulher era tratada como propriedade.
— Mulher ainda é vista como objeto. “Ah, que bonitinho, ele sente ciúmes de mim e pediu para eu mudar de roupa…”. Isso está errado! — comenta a secretária, que acredita que cresce a onda conservadora no mundo, sobretudo no Brasil. — Desde propostas para diminuição da idade do sexo consensual, de 14 para 12 anos, ao estatuto da família e à questão do aborto em caso de estupro, os direitos adquiridos por lei estão em xeque. Eu, por exemplo, não tenho mais família porque me separei? Não tenho marido, mas tenho dois filhos — questiona.
A secretária cita o “Mapa da violência de 2015: homicídios de mulheres no Brasil”, da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais e do Instituto Sangari para dizer que o tema é realidade diária. O documento mostra que uma mulher é morta a cada hora e meia, colocando o Brasil em quinto no ranking da violência, entre 83 países.
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