Lava lava Lava-Jato também lava devagar. Lava-se a quem denuncia e a quem te premiará. Lava-se a cara de pau cuja cara mal lavada lava recursos escusos em transações ultrajadas. Lava-se um banco na Suíça com milhões de pixulecos. Lava-se tudo que é torto nessa pátria mal-amada por quadrilhas quase assépticas. Lava-se grátis na farsa, à força e com auxílio dos comparsas. Lava o chulo chupa-cabra, lava o dólar na cueca, lava o pó no helicóptero do piloto e seu laranja. Lava-se a grana suja e tosca que voa como azul-mosca rumo à propina sagrada.
Lava lava Lava-Jato como se lava a privada. Lavam-se a ratoeira, o gato, o ex-ministro, o ex-líder o ex-ex e o próprio rabo do rato. Lava-se a grana imunda que vem de um buraco sem fundo de uma estatal usurpada. Lavam-se o volume morto, o vômito da República e a lágrima da desgraça. Lava-se a empreiteira esperta que há anos é bem levada por dentadas e empreitadas de doleiros e bicheiros, verdadeiros feiticeiros a serviço de empresários que arrancam nosso dinheiro como tetas de vaca profana que se passa por sagrada. Lavam-se políticos-candidatos que facilitam a levada, tudo em nome da decência e de igrejas partidárias.
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*Luis Turiba é poeta