Desde que foi criado, em 2011, o Disque 100, canal criado pelo governo federal para receber queixas de violações dos direitos humanos, dobrou o número de denúncias em relação a maus-tratos contra a pessoa idosa. Estudo dos dados de 2013 desse serviço, feito pela Central Judicial do Idoso, composta por profissionais do Tribunal de Justiça do DF e Territórios, Ministério Público do DF e Defensoria Pública do DF, apontou que o Distrito Federal liderava proporcionalmente o ranking da violência contra idosos. Foram 550,57 casos por 100 mil habitantes. Tal estatística consta no último Mapa da Violência contra a Pessoa Idosa no DF, divulgado no fim do ano passado pela Central, com base em dados de 2013.
Por esta publicação, que reúne, além dos dados do Disque 100, as denúncias que chegam à Justiça e à Secretaria de Saúde, os filhos são os algozes em 59% das vezes e a maioria absoluta das vítimas são as mulheres, com 60,3%. Só em 2013, foram 3.052 denúncias, contra 2.089 em 2012. Ainda não foi feito o estudo com os dados de 2014 — o Disque 100 indica uma redução no número de denúncias (veja quadro). Mesmo assim, a realidade preocupa especialistas.
De uma falta de paciência a uma agressão, tanto verbal quanto física. As formas de demonstrar essa intolerância vão dos tipos mais simples aos mais graves de violência. No fim do ano passado, a 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou uma mulher por agressão à mãe, na época com 83 anos. Foi dentro de um banco. Pela idade, a senhora andava com dificuldade e um certo cansaço. Mas a filha não se importou. Perdeu a paciência, ficou irritada, gritou, deu empurrões e cotoveladas nas costas da senhora e ainda arrastou a mãe até o interior da agência bancária.
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