Brasília (DF) – O forte aumento da insatisfação popular ao governo da presidente Dilma Rousseff no Nordeste ocorre no mesmo momento em que diminui o dinamismo na região. A atividade, que, na década passada, chegou a crescer a velocidades “chinesas”, vem convergindo para o baixo ritmo do restante do país.
Reportagem da Folha de S. Paulo de domingo (29) apontou que, no ano passado, o Nordeste concentrou 30% das demissões na construção civil, setor que cortou 106 mil vagas no país. O recuo de 3,4% na média nacional foi menor que o de 4,6% na região nordestina.
Segundo a coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre, Ana Maria Castelo, o corte nas verbas e nos pagamentos de obras de infraestrutura e do Minha Casa, Minha Vida são alguns dos principais motivos para o aumento das demissões na região.
De acordo com o Datafolha, de outubro a março, no Nordeste, o índice de ruim/péssimo de Dilma passou de 11% para 55%. O período coincidiu com a disparada da inflação medida regionalmente e com a primeira queda em vários anos do saldo líquido de empregos formais na região.
Para o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, “a rejeição maior vem da frustração com a economia, do medo do desemprego e da percepção da inflação fora do controle. Tudo temperado pelos escândalos de corrupção”.
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