Desde o estelionato eleitoral que reconduziu a presidente petista Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto, o país vive sobressaltado com novas e diárias revelações do colossal esquema de corrupção instalado na Petrobras, que sangrou 200 milhões de dólares em benefício do PT ao longo de dez anos.
Dinheiro público, roubado da maior empresa estatal brasileira e que irrigou campanhas eleitorais de candidatos petistas e da base aliada até o ano passado.
Não bastasse isso – por si só uma gravíssima distorção e um escândalo sem precedentes na história do Brasil – todo o dia acumulam-se informações sobre o péssimo estado da economia do Brasil, colecionando índices negativos e repetindo indicadores desastrosos como há décadas não se via.
Mesmo assim, e diante desse quadro decadente, o PT incita seus militantes a ocupar as redes sociais e as ruas para defender o indefensável, para explicar o inexplicável, para tentar, mais uma vez, enganar o povo brasileiro, já saturado de tanta mentira, de tanta corrupção, de tanta enganação.
Autoritários, querem impedir que a sociedade brasileira expresse sua indignação nas redes sociais, nas ruas e no Congresso Nacional, que seus representantes clamem pela realização de um verdadeira Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, sem manipulação do governo federal.
E que debatam democraticamente, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, a grave política vivida pelo país e que a cada dia ganha as ruas, nas conversas das pessoas, indignadas com a promessa eleitoral e a realidade das ações do governo.
No entanto, o que vale para o povo é o refrão da música de Chico Buarque; “que andam falando pelos botecos”, nos idos da redemocratização, no final da década de setenta. A vontade popular é soberana.
Sobre a Presidente Dilma Rousseff, gostem disso ou não o PT e seus aliados, existem dúvidas pertinentes quanto ao papel dela no caso do Petrolão, como se pode ver nas redes sociais.
De duas uma: ou sabia e comandou o processo ou é incompetente e leniente com o patrimônio público sob sua responsabilidade, razões mais do que suficientes para não permanecer no cargo, em momento tão crítico da vida política econômica e social do país, provocado exclusivamente por ela e seu antecessor.
As vitórias democráticas obtidas pelas oposições na Câmara dos Deputados– a instalação da CPI da Petrobras, a composição das comissões e a aprovação do orçamento impositivo – representam um alento e um estímulo para as ruas depois do pleito eleitoral que fraudou a vontade popular com o estelionato eleitoral perpetrado pelo PT.
As manifestações de protesto previstas para 15 de março são legítimas, expressam a vontade popular e não podem sofrer qualquer tipo de ataque como a que a direção nacional do PT postou nas redes sociais – Militância, às armas – frase de mau gosto e de perigosa e dúbia interpretação.
Para eles, nosso chamado é outro:
“Brasileiros, à luta democrática, sem armas!”
Somente com nossa indignação e vontade de fazer um Brasil melhor.
*Thelma de Oliveira é vice-presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB