Já não se trata apenas de discutir que os presidentes da República do PT se recusam a admitir as responsabilidades políticas e administrativas que lhe cabem nos casos de corrupção do Mensalão – Lula -, e do Petrolão, com Dilma Rousseff.
A palavra de ordem palaciana é uma antiga frase do filósofo grego Sócrates, graças a eles bastante atual e pertinente: “Eu só sei que nada sei”.
Os dois presidiam o país, faziam suas articulações políticas no Congresso Nacional, alimentavam os partidos aliados com cargos, ministérios e, também, com dinheiro público desviado de empresas estatais do porte da Petrobras.
Tudo isso foi executado por assessores diretos, por ministros de Estado, por diretores de estatais, por presidentes de partidos, empresários, intermediários e petistas da direção nacional do partido.
Mesmo assim, Lula e, agora, Dilma se agarram ao mantra do “eu só sei que nada sei” como se o país ainda suportasse essa mentira, esse descaso com a opinião pública e a população brasileira.
O presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, definiu bem o modo de agir petista: “Não é um caso, são muitos casos. Não é uma prática, é uma constante. Não é um desvio, é quase que uma regra.”
O mais grave de tudo isso – e que poucos conseguem perceber – é o que o PT se consolidou como partido político nas duas últimas década graças a esse método, a esse “constante” modo de atuar, que lhe assegurou os recursos para disputar as eleições municipais, estaduais e federais.
Desde o famoso caso do prefeito Celso Daniel, em Santo André, assassinado porque pretendia revelar o esquema de caixa 2 para os cofres do partido, em 2002, multiplicaram-se casos e mais casos de denúncias desse método “constante” do jeito de ser petista.
Assim, conseguiram aos poucos, eleições após eleições, de dois em dois anos, capitalizar as finanças do partido e pavimentar seu crescimento na vida política partidária municipal, estadual e nacional.
Claro que o PT conta com algumas poucas e honrosas exceções, de militantes e dirigentes, que se indignaram com o método “constante” de ser da direção nacional da agremiação e daqueles que alcançaram os mais importantes cargos da República.
Mas o fato é que, comprovado nas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que sacos de dinheiro circularam pelo país alimentando as campanhas de petistas e de alguns aliados, nas eleições municipais e federais a partir de 2002.
Assim, se elegeram boa parte dos prefeitos, governadores, senadores, deputados estaduais e federais e mesmo o Presidente da República, que pagou sua despesas de marketing de campanha no exterior, como admitiu à época seu próprio marqueteiro.
Portanto, e infelizmente, a delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, só confirma que o PT no governo irriga sua base partidária, seus candidatos (e de aliados) com dinheiro público desviado.
As eleições de 5 de outubro serão a grande oportunidade de acabarmos com essa corrupção elegendo Aécio Neves Presidente da República!