Foto: Facebook de Mara Gabrilli
A presidente Dilma Rousseff classificou como “inadmissível” e “lamentável” a atitude do banco Santander, que emitiu um comunicado aos clientes de alta renda alertando para o risco à economia brasileira, caso Dilma vença as eleições. “É inadmissível, lamentável, para qualquer candidato”, afirmou a presidente, durante sabatina promovida por Folha, Uol, SBT e Jovem Pan no início da semana.
O texto, de um analista do banco, foi impresso na última página do extrato de um grupo de clientes com renda mensal acima de R$ 10 mil, e afirma que se Dilma melhorar nas pesquisas de intenção de voto, os juros e o dólar vão subir e a Bolsa, cair.
Como bem lembrou o jornalista Fernando Rodrigues em sua coluna de hoje na Folha de São Paulo, “numa democracia, um banco tem o direito de reclamar em público da política econômica do governo. Nos Estados Unidos é assim. Instituições financeiras volta e meia dão opiniões fortes contra a administração federal”. (http://www1.folha.uol.com.br/colunas/fernandorodrigues/2014/07/1493074-anomalias-no-caso-santander.shtml)
No entanto, na democracia às avessas do atual governo, em vez de responder com propostas de melhoria ao setor, chegamos ao ponto em que o PT afronta a liberdade de expressão e faz sérias ameaças ao banco.
Rui Falcão, presidente do partido, classificou o caso como “terrorismo eleitoral”. O prefeito de Osasco, Jorge Lapas (também do PT), cidade que detém o 12º maior PIB do país, aproveitou o episódio para anunciar que romperá o convênio com o banco para recolhimento de impostos e taxas municipais. Militantes petistas lançaram uma campanha de boicote ao banco. Defenderam, nas redes sociais, a transferência de contas correntes para o Banco do Brasil e a Caixa, bancos públicos sob controle do governo federal.
Inadmissível e lamentável é um governo que está há tanto tempo no poder deixar a economia brasileira despencar. E isso não sou eu quem diz, isso está estampado, todos os dias, nos principais jornais do país e, cada vez mais, no bolso do brasileiro.
*Publicado originalmente no Facebook da deputada Mara Gabrilli (PSDB/SP)