A operação sem licitação, autorizada terça-feira pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), desagradou aos investidores na companhia na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). As informações estão no Correio Braziliense desta quinta-feira (26).
Após duas quedas seguidas, o valor das ações da Petrobras caiu para R$ 225,5 bilhões. Hoje, a Petrobras vale R$ 129 bilhões menos que seu patrimônio líquido, de R$ 354,5 bilhões. A reação negativa é um claro indicativo de que a exploração de volumes extras do pré-sal pressiona ainda mais o caixa e consolida o intervencionismo político na empresa. A impressão é de que os recursos devidos à União visam melhorar a performance fiscal do governo.
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, o momento da decisão do CNPE não poderia ser mais inadequado, pegando todos de surpresa. Ele vê a medida como eleitoreira, ao alardear que volumes do pré-sal não seriam entregues a empresas estrangeiras. Na sua opinião, a operação visa, claramente, a promoção de “mais uma maquiagem fiscal”, ao contribuir para atingir a meta anual do superavit primário (economia para o pagamento do juros da dívida), de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB).
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