Na semana em que comemoramos o Dia das Mães, nada mais oportuno do que homenagear a que talvez seja uma das mais famosas da literatura mundial: Peláguea Nilovna, a personagem central de A Mãe, nossa sugestão de hoje.
O romance do escritor russo, Máximo Gorki, traça a história cinza de Peláguea e seu filho Pavel, em sua luta para sobreviver à miséria após a morte do marido e pai. Inicialmente distantes, vivendo sem maiores vínculos afetivos, quase desconhecidos, mãe e filho começam a experimentar profundo processo de renovação a partir da gradual transformação ideológica da primeira e do início da militância política do segundo.
A Mãe se passa na Rússia de 1905, em pleno processo da transformação social que iria culminar na revolução comunista de 1917. É impossível abandonar a leitura da maneira genial com que Gorki descreve a transformação da mãe, de camponesa submissa, escrava dos seus medos e da brutalidade, a uma mulher que assume o domínio de suas novas crenças, se engaja na disseminação de idéias renovadoras, e até o último momento atua com extrema coragem e determinação, recusando-se a se desfazer do material comprometedor que a levaria a ser presa, pois era o único legado de seu filho.
Um programão.