Opinião

“É privatização, sem vergonha!”, por Thelma de Oliveira

thelma-de-oliveira-foto-george-gianni-psdb-A população foi obrigada a assistir e a ouvir durante 8 minutos e três segundos na noite da última segunda-feira a uma envergonhada demonstração de mais um abuso do poder público pela presidente Dilma Rousseff.

Usando a prerrogativa presidencial de requisitar a rede nacional de rádio e televisão, Dilma fez uma enfática defesa da política do seu partido, o PT, na privatização do pré-sal, que ela inutilmente tentou convencer os brasileiros do contrário.

Assim como o PT, a presidente Dilma envergonha-se de admitir que seu governo está privatizando, através de concessões e partilhas, alguns setores e serviços e, agora, a maior bacia de pré-sal do País.

É privatização, sim, presidente, sem vergonha.

Não precisa ter vergonha e nem tentar esconder o sol com peneira. O povo brasileiro não é burro e nem trouxa. Sabe o que o seu governo está fazendo e começa a se conscientizar que foi enganado na eleição de 2010, quando a então candidata dizia que privatizar o pré-sal seria um “um crime”.

Aliás, nesse sentido, a presidente não inovou. Seu antecessor no cargo já fizera isso nas campanhas de 2002 e de 2006. Não só isso, mentiu ao eleitor brasileiro dizendo que o candidato tucano, se eleito, iria privatizar as estatais e o pré-sal (em sua campanha de 2010).

Então, presidente, não precisa gastar dinheiro público em rede nacional para ainda tentar, mais uma vez, enganar o povo brasileiro.

A bacia de pré-sal Libra foi, sim, privatizada. O petróleo é nosso, mas apenas 40% dele que vier da maior bacia do pré-sal, que ao longo de 30 anos irá fornecer de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo.

Os outros 60% são de ingleses, holandeses, franceses e chineses e suas empresas que, juntas, irão investir na exploração e comercialização do petróleo extraído de Libra.

Se não houvesse a privatização, somente a Petrobras participaria do negócio.

Simples, assim, presidente.

Sem vergonha de ser feliz porque o país precisa de investimentos estrangeiros, de parcerias comerciais que beneficiem o país e seu povo, como sempre defenderam – sem nenhuma vergonha – os tucanos em todos os recantos do país.