Digo que a mudança está a todo vapor, pois vejo pelas ruas mulheres dirigindo táxis, conduzindo ônibus, fazendo coisas antes só feitas pelos homens e, o que é mais importante, vejo as mulheres indo e vindo, constantemente, o que é sinal de que já não ficamos em casa à espera do marido e nem esperamos, sentadas num sofá, o noivo ideal descer dos céus como o índio de Caetano Veloso. Não! Hoje vamos à luta! A mulher de hoje é proativa, guerreira, inquieta, e as próprias campanhas publicitárias já perceberam isso e mudaram a imagem da mulher nas propagandas. Ponto para nós! Vejam vocês que aonde quer que se vá vêem-se mais mulheres do que homens: nos ônibus, metrôs, coletivos, enfim. Estamos por aí, andando, batalhando, ganhando mundo, convencendo pessoas e mostrando que de fato existimos e não podemos ser preteridas.
A participação da mulher na política vem de tempos imemoriais, desde Cleópatra, passando por Joana D’Arc, pela rainha Vitória, Rosa Luxemburgo, Anne Frank, Olga Benário, Evita Perón, Indira Gandhi, Pagu, Benazir Bhutto, Margareth Thatcher e tantas outras, quer gostemos delas ou não. São mulheres que, para bem ou para mal, mudaram o curso da História. Provaram que à mulher não cabe apenas um lugar reservado no camarote dos fundos. A mulher está em cena, sobre o palco, a ela voltam-se os holofotes. E é assim que deve ser: sejamos protagonistas da vida, não apenas da vida privada, mas da vida pública também, sem medo dos erros nas falas das personagens que vestimos. Empolguemo-nos com exemplos de todos os campos, da literatura, das artes, da moda, das ciências, do esporte, fazendo com que Clarice
Lispector, Virginia Wolf, Simone de Beauvoir, Tarsila do Amaral, Sophia Loren, Coco Chanel, Marie Curie, Daiane dos Santos e tantas outras nos dêem o combustível precioso para nossa batalha.
Sempre tivemos, e isso é inegável, uma participação importantíssima na vida de um modo geral, e isso é quase sempre enfatizado quando vemos um filho ou uma filha agarrando o canudo da graduação e não se esquecendo de agradecer à boa comida e à casa organizada sem a qual ele ou ela não teria tido paz de espírito para estudar. Mas cansamos disso, cansamos de nos responsabilizar apenas pelos bastidores, apenas pela casa em ordem ou a comida bem feita. Agora somos nós que temos agarrado o canudo da graduação, não sendo difícil constatar que se formam mais mulheres do que homens. Falta haver mais mulheres entre as personalidades mais citadas, falta o salário da mulher se equiparar ao do homem, coisas que vêm com o tempo, mas que não podemos deixar que seja tanto tempo assim… De qualquer forma, fica para todas essa mensagem de orgulho, de tenacidade e de empolgação relacionada às mostras inequívocas de que temos, sim, aos poucos ganho o mundo. O amanhã será ainda mais justo e equânime do que o hoje.
Ânimo, amigas! Juntas faremos um Brasil melhor, um mundo melhor!
Dell Santos
Coordenadora de Eventos do Secretariado Municipal de Mulheres PSDB-SP.