As pesquisas mais recentes sobre a aprovação do governo Dilma Rousseff indicam uma queda da ordem de 6 a 8 pontos percentuais e mostram claramente que a elevação dos preços alcançou o bolso dos brasileiros e brasileiras e chegou às pesquisas.
Não há quem, de Norte a Sul, de Leste a Oeste do país, que não fique chocado com o crescente aumento dos preços dos produtos nos supermercados – e não se trata mais de apenas vitimizar o tomate como o vilão da inflação porque foi superado por outros gêneros alimentícios, de limpeza etc.
O preço dos gêneros alimentícios que afeta as donas de casa, que começam a administrar seu orçamento doméstico com maior cautela ainda, comprando menos. A inflação dos gêneros alimentícios medida no IPCA aponta aumento de quase 14%, no período de doze meses, de maio de 2012 a maio de 2013 – mais do que o dobro da inflação medida de 6,5%.
Para termos uma ideia mais objetiva do que isso significa e dando os nomes aos bois, nesse mesmo período a cebola subiu 94,18%, a batata 123,48% e, claro, o tomate 149,69%. Ou seja, para nós, responsáveis pelas compras de nossa casa, a inflação não é de 6,5% em doze meses e sim da ordem de 120 a 150% porque fazemos a comida nossa de cada dia com cebola, batata e tomate.
Como se sabe, há sempre uma demora entre a população viver uma situação e reagir, de algum modo, ao que vem enfrentando no seu dia a dia. A insatisfação demonstrada nas pesquisas é apenas exemplo de como começa a ganhar corpo, na sociedade brasileira, uma clara insatisfação contra o atual estado das coisas, contra o governo Rousseff.
O pífio crescimento da economia brasileira na casa dos 0,5%, os seguidos equívocos gerenciais (Caixa Econômica Federal e o Bolsa Família), a alta do dólar que trará mais inflação, o crescente aumento de despesas com pessoal que afetam o ajuste fiscal estão criando um “caldo” efervescente que resultará em uma queda maior ainda dos índices de aprovação do governo Dilma Rousseff. É questão de tempo.
*Presidente nacional do PSDB-Mulher