O PSDB realizou, neste sábado (01/07), em Goiânia, o terceiro de uma série de encontros pelo país para ouvir os tucanos e discutir o futuro do partido. As tucanas marcaram presença no evento, chamado “Diálogos Tucanos”, liderado pelo presidente nacional da legenda e governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que também é cidadão goiano com título concedido pela Assembleia Legislativa do Estado. Na ocasião, o presidente respondeu às dúvidas dos participantes sobre o futuro do partido, a reforma tributária, o custeio da saúde, entre outros temas.
A comitiva do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB foi composta pela presidente de honra, Solange Jurema, pela assessora Executiva, Angela Sarquiz, e pela assessora jurídica, Luciana Loureiro.
Plano Real
Logo no começo da sua manifestação, Eduardo Leite saudou a implantação do Plano Real, que completou 29 anos no sábado, uma das mais longevas moedas que o país já teve e é política pública implantada pelo PSDB, pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Eduardo Leite enfatizou que FHC foi o único ex-presidente da República, que não foi preso e nem
Quanto ao futuro, Eduardo Leite disse que tem absoluta certeza que o PSDB tem um papel importante para o Brasil. “O PSDB vai voltar a ter protagonismo, porque vem da base, como a gente está vendo aqui, e é essa força que vai empurrar o nosso partido. Marquem essa data, 1 de julho, quando muitos falaram que o PSDB acabou, você estava lá na reconstrução. Marquem essa data!”, enfatizou.
Marconi Perillo, presidente estadual da legenda e ex-governador de Goiás, acabou com o suspense que perdurava há alguns meses quanto ao seu futuro político. “Eu tomei a minha decisão de voltar à luta no ano passado, no dia da eleição. Eu virei a página, mas naquele momento eu tomei minha decisão, a decisão de ser candidato nas eleições de 2026. E é claro que eu não vou anunciar projeto neste momento, vamos decidir isso juntos, mas eu estarei com vocês”, afirmou sob fortes aplausos. Anunciou ainda, em primeira mão, que na eleição municipal do ano que vem, 50% da nominata de candidatos será formada por mulheres.
Mulheres na política
Futuro do partido
Novamente, a exemplo dos outros encontros, o presidente do partido respondeu perguntas da plateia. Maria Helena Alves, militante da região noroeste de Goiás, perguntou a Eduardo Leite qual deve ser o caminho do PSDB para o futuro e se ele pretende se candidatar a presidente. Leite respondeu que o papel do PSDB “é mostrar que existe alternativa razoável, sensata, equilibrada em relação aos polos que estão aí e isso não é ficar em cima do muro.”
Reforma tributária
Deputada federal do PSDB pelo estado de Goiás, Lêda Borges, que também é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, destacou a importância da iniciativa para reconstrução do partido e a participação das mulheres.
“Não existe país sem militância. Esse é o momento ser verdadeiro e pés no chão, senão não é bate-papo. A vida não é só de vitórias é de construção. E construímos todos os dias. E por esta iniciativa cumprimento dois grandes líderes. O primeiro é o Marconi e o segundo Eduardo Leite. Vocês juntos fazem um novo PSDB. E agregando a esse valor, vem a Solange. O que são os homens sem as mulheres? Somos 52% da população, e os 48% nasceram de uma mulher. Ficamos felizes com o bate-papo que o PSDB-Mulher nacional, representado pela Solange, fez com as mulheres ontem à noite. Todas as presentes estão dispostas a disputarem as eleições no ano vem”, disse
Lêda, que é vice-líder da bancada tucana na Câmara, questionou Eduardo Leite em relação à reforma tributária, que deverá ser votada na próxima semana pelos parlamentares. Leite, por sua vez, respondeu que a reforma tributária é essencial, porque o ganho de produtividade que vai gerar para o país supera qualquer perda pontual. “O importante é que haja espírito colaborativo para a gente poder ajudar o país a desenvolver um sistema tributário mais racional e capaz de fazer com que o país aumente a sua capacidade de produtividade, de produzir coisas novas.”
Importância do censo
Jovem tucano do município de Posse, Gustavo Valente perguntou sobre quais as estratégias de combate à pobreza, a partir dos dados do Censo divulgados pelo IBGE nesta semana. Eduardo Leite destacou a importância do recenseamento: “política pública tem que ser feita com base em evidências. Senão é achismo. É dinheiro público, não é dinheiro sem dono, é dinheiro de todos, tem que aplicar o dinheiro de forma muito objetiva, bem estudada naquilo que realmente vai fazer diferença”.