A presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB, Yeda Crusius, destacou, nesta terça-feira (27/09), durante entrevista à RDC, que o domingo de eleições será um momento importante de oportunidade para realizar mudanças. Segundo ela, é fundamental lembrar que o voto não tem gênero.
“Quem acredita que mulher não vota em mulher? Quem acredita nisso, acha que a mulher eleitora é burra. Todos votam em todos. Mulher vota em homem, homem vota em mulher. As eleitoras são muito conscientes”, disse Yeda durante a entrevista.
Para a tucana, a definição do voto ocorre de forma coletiva, por vezes na família. “Muitas vezes pela convivência em casa que se vota em família. Faça o que tem na cabeça, o que acha correto e certo, sabendo o que você está fazendo como eleitora e como candidata. A data de domingo é um passo importantíssimo para mudar essa realidade.”
Assista a entrevista na íntegra:
Movimentos
Yeda Crusius ressaltou o esforço do PSDB-Mulher que promoveu a Força-tarefa e o ciclo de capacitação “Mulheres que Constroem um Brasil Melhor”, em que foram realizados cursos de formação e debates em sete estados e o Distrito Federal, reunindo mais de mil mulheres.
“Fundamos o Secretariado da Mulher em 1998, faz 24 anos que estou nessa”, disse. “Ainda somos muito poucas. Essa Força-tarefa trabalhou até julho, pois em agosto, começava a campanha. Depois, preparamos um livreto sobre o que a gente quer para o Brasil.”
Segundo Yeda, este esforço não termina, prosseguirá após o pleito. “O conjunto de países escreveu o que a gente quer para o mundo, a Agenda 20/30 da ONU [Organização das Nações Unidas], que será um parâmetro sobre o que a gente quer para o Brasil.”
Bandeiras
Na entrevista à RDC, a única governadora eleita pelo PSDB no Rio Grande do Sul destacou que sete bandeiras guiam as bases de atuação do PSDB-Mulher. “[Queremos um Brasil] menos injusto e menos desigual, um Brasil melhor”, afirmou Yeda, lembrando as propostas elencadas na cartilha Bandeiras Eleitorais 2022 – Agenda política das mulheres tucanas para uma sociedade brasileira mais justa, humana e sustentável.
Primeiro, planejar para construir o Brasil que queremos, que inclui políticas que mitiguem o retrocesso que a inflação representa na vida dos brasileiros. Em segundo lugar, saúde é para todos. Depois, a educação com base transformadora.
Em quarto, a inovação, ciência e tecnologia: a serviço de todos os cidadãos, com mais inclusão digital. Em quinto, produzir e consumir para garantir desenvolvimento com sustentabilidade. Depois, segurança pública para garantir a vida: todos juntos por uma Cultura da Paz. Por fim, políticas públicas para mulheres: por um novo pacto social, com a luta por mais mulheres na política; além da aplicação da proporção 50-50 no preenchimento das candidaturas proporcionais para cada sexo.