Mais um caso bárbaro de violência contra a mulher ganhou as manchetes do noticiário nesta segunda-feira (11/7). O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso e autuado em flagrante por estupro, após abusar sexualmente de uma paciente dopada enquanto ela passava por um parto cesárea no Hospital da Mulher em Vilar dos Teles, São João Meriti (RJ).
Enfermeiras e técnicas de enfermagem da equipe já desconfiavam do comportamento do médico há pelo menos dois meses, devido à quantidade de sedativo aplicado por ele em suas pacientes. Elas o filmaram com uma câmera escondida para provar as suspeitas.
Tucanas repudiaram veementemente o crime e cobraram uma punição severa ao agressor.
“Não há palavras que traduzam essa barbárie… uma mulher estuprada durante o parto. Violência sexual e obstétrica, praticada por um monstro disfarçado de médico. Até quando?”, questionou a prefeita de Palmas (TO), Cinthia Ribeiro (PSDB), em suas redes sociais.
“Infelizmente, mais uma mulher foi violentada. E ao invés da lembrança de amor que o parto deveria lhe proporcionar, lembrará desse momento com dor”, lamentou a deputada federal Shéridan Oliveira (PSDB-RR).
“Que a justiça seja feita e que o agressor responda por seus atos. Parabéns às técnicas que o denunciaram e que assim seja sempre”, destacou a tucana.
Pré-candidata a deputada federal pelo PSDB do Rio de Janeiro, Cris Fernandes classificou a violência sexual como um dos piores tipos de violência que podem ser cometidos contra uma pessoa.
“Eu sou mãe, sou mulher, tive dois partos cesáreos. A pior violência que pode existir para um ser humano é o estupro. E eu falo ser humano porque homens podem ser estuprados, mulheres podem ser estupradas”, afirmou, em vídeo publicado em suas redes sociais.
“Não há justificativa para a violência. De nenhum tipo. Não podemos tolerar que violentem nosso corpo, nossa alma, nossas escolhas, nossa vida”, ponderou Marisol Santos, vereadora de Caxias do Sul (RS) e pré-candidata a deputada federal.
Por sua vez, a deputada estadual Patrícia Bezerra (PSDB-SP) lembrou como a violência contra a mulher está enraizada em nosso país, fruto de um histórico de machismo, misoginia e desprezo pelas mulheres.
“Não temos um minuto de paz mesmo! Como é possível uma mulher ser violentada sexualmente (por um homem que, teoricamente, JUROU ser ético e nunca causar dano ou mal a alguém) em um momento de absoluta vulnerabilidade como o parto? É INACREDITÁVEL! QUE ASCO!!! QUE BARBÁRIE!!!”, escreveu a parlamentar.
“Para esses abusadores, o motivo não está em nossas roupas, em nossos modos de agir, nos lugares que frequentamos… O motivo é o simples fato de sermos mulheres”, completou.