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Yeda Crusius sugere que candidatas busquem equipes profissionais para suas campanhas

A presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB, Yeda Crusius, defendeu que as mulheres que se candidatarem nas eleições deste ano busquem equipes profissionais para darem suporte às suas campanhas. Ela alertou que é necessário ter atenção máxima à prestação de contas e aos dados relativos à transparência. “Os tribunais são extremamente rígidos”, reiterou ela, lembrando que em geral as mulheres querem “abarcar tudo como candidata”, o que é impossível.

“É importante ter uma equipe que faça essa prestação de contas”, orientou Yeda Crusius, que já foi governadora do Rio Grande do Sul, ministra do Planejamento e deputada federal, durante o seminário promovido pela Rede Essent Jus Experience, destinado a debater as eleições 2022, na última sexta-feira (11/03). “A política é cada vez mais profissional [em todas as áreas].”

Participaram do seminário, em Brasília, dirigentes partidários, especialistas em Direito Eleitoral, Contabilidade Eleitoral e Marketing Político que debateram os desafios e as tendências para as próximas eleições. Mediadora da Mesa, a presidente nacional da Ação Mulher do PDT, Miguelina Vecchio, elogiou Luciana Loureiro, assessora jurídica do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB, vice-presidente do PSDB-Mulher do DF e membro fundadora da ABRADEP.

“Quando a Yeda por conta de sua agenda não consegue estar presente nas reuniões do fórum [de Mulheres], ela escolhe uma mulher preparadíssima, a Luciana Loureiro, além de ser uma mulher gentilíssima. Um conjunto da obra, é um Picasso. É uma Tarsila do Amaral de tão querida”, disse Miguelina.

Movimentos

A presidente do PSDB-Mulher Nacional ressaltou que, a exemplo do que afirmava a ex-primeira-dama Ruth Cardoso, os processos são permanentes. “O que leva o mundo para frente são os movimentos. Movimentos têm princípio, meio e fim”, disse. “Uma das maiores emoções que tenho é estar em coletivos em que as mulheres se deem as mãos apesar de serem tão diferentes entre si.”

Yeda Crusius destacou que, durante suas gestões, sempre propôs ações para ampliar os espaços destinados às mulheres. “A oportunidade que a gente tem quando está no poder é trazer para caneta uma decisão”, afirmou ela, recordando que, no passado, quando havia a chamada “Bancada do Batom” para se referir às mulheres parlamentares, não havia disputa, e sim parceria.

“As mulheres só são fortes quando unidas. Há vários movimentos querendo nos minar”, disse a tucana. “Nós temos organizações que se propõem a estar conosco, como a rede Essent Jus, que nos ajudaram com suas contadoras”, acrescentou ela, recordando que no passado, as mulheres candidatas foram orientadas sobre o tema.

Mulheres

Yeda Crusius destacou que o momento é de as mulheres se prepararem para a disputa, assumindo uma postura e uma forma diferente de fazer política. Segundo ela, os homens não ouvem o que as mulheres falam. “Eles falavam e saíam”, contou a presidente, relembrando episódios em que debatedores masculinos participaram.

“Ouvindo, interagindo, a gente vai para frente. Se a gente não ouvir, vai repetir os problemas dos homens na política”, advertiu a tucana. “[Quando falam] ‘mulher não vota em mulher’ é para nos diminuir”, acrescentou ela.

Yeda Crusius ressaltou que “tem muito orgulho” de ter sido governadora de uma das 27 unidades da federação, as quais tiveram uma mulher à frente da gestão estadual. “Diziam que o Rio Grande do Sul é machista”, lembrou.

Também comandaram estados: as ex-governadoras Iolanda Fleming, do Acre; Dalva Figueiredo, do Amapá; Maria de Lourdes Abadia, do Distrito Federal; Roseana Sarney, do Maranhão; Cida Borghetti, do Paraná; Benedita da Silva e Rosinha Garotinho, do Rio de Janeiro; Rosalba Ciarlini e Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte; Suely Campos, de Roraima; e Janilene Vasconcelos de Melo, de Rondônia.

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