A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi escolhida pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para representar a Casa na sede das Nações Unidas (ONU) em Genebra, Suíça, durante as discussões sobre o aspecto humanitário do conflito entre Rússia e Ucrânia, acompanhando as negociações internacionais relacionadas aos refugiados do Leste Europeu.
Em ofício enviado ao secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, o presidente do Senado apresentou as credenciais da senadora, membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, além de porta-voz da Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados do Congresso Nacional.
“Sabemos que à medida que este conflito armado se intensifica, milhares de famílias estão sendo obrigadas a escapar da Ucrânia. Reconheço que as agências da ONU estão trabalhando vigorosamente para apoiar esses refugiados que atravessam as fronteiras ocidentais, muitos das quais crianças”, destacou Pacheco.
“Como presidente do Congresso Nacional e, em nome de meus pares, reafirmo a posição externada recentemente a Vossa Excelência quanto à proteção e defesa dos direitos humanos, dos valores democráticos e da solução pacífica dos conflitos”, acrescentou no documento.
Em suas redes sociais, a senadora Mara Gabrilli falou sobre o papel que desempenhará na ONU durante dos dias 05 a 27 de março.
“O Senado se preocupa com a proteção dos cidadãos brasileiros que ainda estão na Ucrânia, em meio à atual agressão russa ao país. Assim, disponho-me a acompanhar as tratativas em relação aos refugiados da guerra, bem como à retirada dos brasileiros, incluindo aqueles que possuem alguma deficiência e encontram inúmeras barreiras para fugir de conflitos armados. Esse é inclusive um aspecto que já acompanho há bastante tempo em outros conflitos armados”, ressaltou.
Vale lembrar que, em 2018, a tucana foi eleita para um mandato de quatro anos como uma entre 18 membros que compõem o Comitê da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. Foi uma conquista inédita para o Brasil, que nunca teve um representante no colegiado.
“Nesse comitê, atuo como perita independente e voluntária, sem qualquer remuneração e ônus para o Brasil. As despesas são pagas integralmente pela ONU. O objetivo desse colegiado é acompanhar se os Estados-Membros da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência estão de fato cumprindo as diretrizes de proteção aos direitos da população com deficiência no mundo”, explicou ela.
A senadora frisou ainda que a missão à ONU em Genebra não acarretará custo algum ao Senado Federal, ao contrário de comentários que têm circulado pelas redes sociais.
“Coloquei-me à disposição da Missão Permanente do Brasil junto à ONU em Genebra, para que possamos trabalhar na defesa de nossos cidadãos em situação de extrema vulnerabilidade. Espero colher frutos positivos ao nosso país e voltar com boas notícias”, completou Mara Gabrilli.