O Secretariado Nacional da Mulher/PSDB promoveu, nesta sexta-feira (27/3), o II Painel PSDB Brasileiras/PSDB-Mulher de 2021, com o tema “Prévias, democracia e partido: para onde vamos?”. Em um debate virtual que foi acompanhado por mais de 120 pessoas, os tucanos discutiram como as prévias podem mobilizar a escolha de candidatura de homens e mulheres para cargos majoritários nas eleições de 2022, além do papel das redes sociais nesse processo de aproximação entre partido e militância.
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A live, transmitida pelo Youtube, foi mediada pela presidente do Secretariado Nacional, Yeda Crusius, e contou com a participação do ex-deputado federal Narcio Rodrigues (PSDB-MG); do publicitário e conselheiro do Instituto Teotônio Vilela (ITV), Jorge Cançado; da presidente estadual do Tucanafro no Pará, Francisca Sousa; da advogada e assessora jurídica do PSDB-Mulher Nacional, Luciana Loureiro; do consultor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Montoro; do jornalista e militante tucano Welbi Maia; e do professor de Filosofia e militante Thélio dos Santos.
“O PSDB-Mulher é open house (expressão em inglês que significa ‘casa aberta’). Tudo o que nós fazemos é aberto, é para o Youtube. Tudo se refere a valorizar os valores fundadores do nosso partido. O objetivo do painel PSDB Brasileiras/PSDB-Mulher é democratizar internamente o partido, da opinião livre, qualificada, rotineira. Em segundo lugar, é para usar a rede do PSDB-Mulher de maneira que cada rincão do país seja alcançado pelo debate político feito por mulheres. Não é para mulheres, apenas. É feito por mulheres, para todos”, afirmou ela.
A presidente Yeda Crusius dedicou a live ao governador de São Paulo, João Doria, pelo anúncio feito nesta sexta da Butanvac, vacina 100% brasileira produzida pelo Instituto Butantan. “Poderemos fabricar os 40 milhões de doses previstos para este ano, de uma vacina mais eficaz, mais eficiente e mais barata, com a tradição histórica do Butantan, cientistas, técnicos e funcionários. Quero dedicar nossa live a João Dória porque se não é pela visão que teve, pela sua forma de ir fazendo aquilo que ele considera relevante, muitos mais teriam morrido. Eu que já tomei a primeira dose, sei dizer o quanto emocionalmente bem nos faz.”
Militância e história
Nesse quesito, as prévias são fundamentais, uma vez que mostram a esses filiados que a legenda não apenas lhe dá voz, mas leva as suas demandas em consideração.
“O PSDB tem história, tem trajetória, tem marcos de gestão, como, por exemplo, o governo Yeda Crusius no Rio Grande do Sul. Nós temos uma grande e brilhante trajetória que nos precede. É isso que motiva alguém a se filiar aqui. Tem gente que se filia em outras legendas para ser candidato, ou por interesses específicos. Muita gente, como é o meu caso, e acredito que de muitos que estão nos vendo, se filiou ao PSDB por acreditar no que o PSDB prega, propõe para o Brasil. As prévias podem fazer com que essas pessoas voltem a ter vida mais ativa no partido”, considerou.
“Muitos filiados, pelo menos aqui no nosso meio, nas bases, reclamam que só são procurados em época de eleição. Eles se sentem muito desvalorizados. A prévia vai trazer esse filiado mais para perto. Ele vai se achar mais importante, se sentir mais participativo da decisão de escolher o candidato. Não é aquele candidato que o partido escolhe lá na cúpula e empurra goela abaixo”, explicou a tucana. “Precisamos mostrar aos nossos filiados, nossos militantes, que o nosso projeto de governo não foi esquecido. Ele ainda está aqui, e continuamos lutando por ele”, acrescentou ela.
Democracia interna
“Às vezes, a gente tem lá uma pedrinha bruta, que ainda não é conhecida, e de repente ela pode ser lapidada, ser um nome a ser colocado para o governo, uma vice-governadora, uma senadora. É importante essa nossa publicidade interna. E, com isso, a gente também pode gerar pauta externa para o partido, porque a imprensa tem interesse em mostrar que os partidos têm essa democracia interna verdadeira, quando você coloca todo mundo para dentro do partido, para que a gente possa definir uma fala. Essa é outra coisa muito importante: ter uma fala só, e poder externar essa fala”, argumentou.
“A pessoa que é apenas filiada, e recebe passivamente as nossas informações, não serve para multiplicar a nossa mensagem. Mas, se nós tivermos um grupo de militantes ativo, que esteja classificado e disposto a promover a multiplicação da nossa mensagem, nós podemos ter uma capilaridade que hoje nós não temos no país, com grupos que realmente discutam o papel do PSDB nesse momento em que há essa bifurcação odiosa entre duas tendências que não servem ao futuro do Brasil”, explicou ele.
“É muito importante que nós saibamos quem são essas pessoas, porque é melhor 300 mil filiados combativos e capazes de multiplicar o nosso debate pelo país do que ter 1.400.000 filiados sem rosto que nós não conhecemos”, justificou o tucano.
PSDB conectado
“Vejo que o PSDB perdeu um pouco essa capacidade de unir o que é técnico, o que é correto, com a capacidade de instigar o filiado, ou o eleitor que não é filiado, mas tem simpatia com o partido”, disse.
“Não adianta a gente ter uma rede imensa, influenciadores e estar presente em todas as redes sociais, se às vezes a gente é carente na forma que a gente está falando, no conteúdo. Temos que ter um foco em como o eleitor percebe as coisas no jogo político atualmente. Muitas vezes, a política está presente no Tik Tok, no Twitter, no Instagram, mas com muita cara de política. As pessoas buscam algo que não tenha aquelas velhas características de um político, aqueles velhos vícios. Uma roupagem diferente”, opinou.
“Precisamos buscar modelos inovadores, irreverentes. Para cada meio, a gente tem que ter uma mensagem. A gente tem a tradicional campanha de TV; a campanha de Instagram, que é muito mais direta; o Tik Tok, que é para pegar o jovem; a live de Youtube; o Twitter, com vídeos curtos ou pequenos posts escritos. É entender cada um desses meios, e construir em rede. Isso é fundamental. Acho que falta, às vezes, uma construção orgânica entre deputado federal, deputado estadual, militantes engajados, vereadores, prefeitos, páginas oficiais de juventude de cada região, e páginas do PSDB estadual e Nacional”, pontuou.
O caminho é digital
“Como você faz uma eleição, uma discussão nacional de prévias, em um país que tem cinco mil municípios? Só teremos prévias que realmente sirvam para o PSDB aprimorar a democracia se elas forem amplas, gerais e irrestritas, como pregávamos na democracia lá atrás. Ou as prévias são para todos os filiados, ou não vão ser, e só tem uma forma hoje em dia: a digital”, apontou.
“Se tivermos realmente as prévias democráticas, a grande cartada vai ser de quem utilizar bem a comunicação. Ele vai ter que utilizar todas as redes. Vai ter filiado de 16 a 80 anos de idade, e todo mundo vai estar nas redes, cada um na sua. Um bom conteúdo vai poder mostrar quais são as ideias desse candidato. Se não tivermos isso, vamos estar sempre correndo atrás do prejuízo”, completou o tucano.
A militância ativa
A live foi acompanhada por tucanos de diversas regiões do país, que participaram ativamente do encontro por meio do chat do Youtube. As presidentes do PSDB-Mulher de Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, Luzia Coppi e Rosalina Batista, Walewska Barros, respectivamente, elogiaram a iniciativa para incentivar a participação das mulheres na política.
O ex-deputado federal Luiz Carlos Hauly (PR) também marcou presença contribuindo com diversos comentários. “Viva as mulheres sociais brasileiras”.
A presidente de honra do PSDB-Mulher Nacional, Solange Jurema; a presidente do Tucanafro Nacional, Gabriela Cruz; a coordenadora do PSDB-Mulher na região Sudeste, Tiana Azevedo; além de Ruth Figueiredo; Leonardo Martins; Vanessa Padilha; Vania Fernandes; Val Silva; Sônia Fernandes; entre outros contribuiram com seus comentários durante a live. Se você perdeu, corre lá no Canal PSDB Brasileiras PSDB-Mulher no Youtube e assista.