Em 2018 tive a chance de fazer pela primeira vez, dentre as tantas campanhas eleitorais que já tinha feito antes, minha primeira campanha pública. Explico.
Não foi aquela apenas mais uma campanha individual minha, e sim a campanha de todas as mulheres candidatas do Brasil. Àquela época, estava em jogo o julgamento pelos ministros do TSE da repartição do novo fundo de financiamento eleitoral.
Em nome de todas as mulheres candidatas do país, foi desenvolvido um trabalho junto a Deputada Soraya Santos e as deputadas da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, e ainda contando com a consultoria da Ministra Luciana Lóssio, para que mulheres candidatas em todo o país pudessem contar com recursos do novo fundo para suas campanhas. Acreditamos nas ações feitas junto aos Tribunais que respondem pela organização das eleições. Deu certo!
Mais certo ainda no PSDB comandado por Geraldo Alckmin, que respeitando a decisão do TSE, nos deu autonomia para aplicar os critérios do PSDB-Mulher às candidatas de 2018. Os critérios foram apresentados em reunião no TSE e inspiraram a confiança de que seriam recursos bem aplicados verdadeiramente nas candidaturas femininas, sob a vigilância dos órgão controladores. Alguns partidos não se prepararam para que assim fosse. E foram muitos os casos de candidatas laranjas. Nenhuma no PSDB.
Embora ainda muito pequena para o nosso potencial, a bancada tucana das deputadas estaduais cresceu 30%. Elegemos Mara Gabrilli (SP) senadora e aumentamos a nossa bancada de mulheres da Câmara dos Deputados em 60%. Ficamos entre os três partidos que mais elegeu mulheres para a Câmara. Reelegeram-se Bruna Furlan (SP), Shéridan (RR), Mariana Carvalho (RO). Elegemos Mara Rocha (AC), Rose Modesto (MS), Tereza Nelma (AL), Geovania de Sá (SC), Edna Henrique (PB), Bia Cavassa (MS) pelo PSDB-Mulher, reconhecido pela capacitação que realiza desde a sua fundação, e emancipado com o Fundo Eleitoral. Portanto, todas fomos eleitas pelo PSDB, com a determinação e competência de cada uma. Muitos estados ficaram sem nossa representação – mas isso é desafio para a próxima campanha.
Com o trabalho realizado, fomos todas eleitas com as eleitas. Foram 77 mulheres que se elegeram em todo o Brasil para a Câmara dos Deputados. Ainda não são os 30%, mas foi um expressivo crescimento, que deve se consolidar nas próximas eleições, pois está claro no mundo todo que mais mulheres na política muda a política para melhor. Necessitamos disso, para inverter o profundo descrédito nos métodos eleitorais da democracia liberal.
Já em 2019, entendendo que ficou mais fortalecida a tese que sempre adotamos “Apoiou uma, Apoiou todas”, como no movimento “Mexeu com uma, Mexeu com Todas”, valendo para todas as mulheres do Brasil, criamos os nossos produtos de capacitação e de valorização das mulheres na política.
Criamos: a Medalha Ceci Cunha, parte da nossa luta permanente pelo fim da violência contra as mulheres; a Revista PSDB Brasileiras/PSDB-Mulher, com 2 edições promovendo a produção e divulgação de conteúdo político feito por mulheres; o Painel PSDB Brasileiras/PSDB-Mulher, com o debate livre e democrático via YouTube; e, sim, os cursos em EAD-Ensino Direto à Distância.
A pandemia, jamais esperada, do Coronavírus em 2020 nos encontrou prontas para migrar do presencial para o virtual. Foi o que fizemos realizando o primeiro curso virtual, em parceria com a Fundação Konrad Adenauer (KAS), em maio. Desenhado desde fevereiro, lançamos em junho a nossa Plataforma Digital Pré-Campanha www.plataformapsdbmulher2020.com.br, com seus 5 sólidos pilares. Vão lá!
E agora, o caminho está completo. Com o lançamento do PSDB Digital e o PSDB Legal, a Plataforma Digital PSDB-Mulher está incorporada ao site do partido, disponível na palma da mão por um toque aos 1,4 milhão de filiados em todo o Brasil, democratizando a política feita pelas tucanas e tucanos do país. Parabéns rede do PSDB-Mulher, parabéns PSDB!
Em 2020, no desafio das 10 mil candidatas a prefeita, vice-prefeita e vereadora, estamos batalhando para elegermos mais. Muitas mais. Para isso, aprofundamos o método, nesta que é a primeira eleição dos tempos virtuais, e a primeira sem coligação nas eleições a vereadores. Navegamos pela pioneira Plataforma Digital para a pré-campanha, e que será na continuação a Plataforma Digital PSDB-Mulher 2020, oferecendo os produtos necessários para a campanha virtual das mulheres que o desafio da Covid-19 nos coloca.
Vamos lá!
*Yeda Crusius – Governou o Rio Grande do Sul, foi ministra do Planejamento e deputada federal por quatro mandatos. Atualmente, é presidente do PSDB-Mulher Nacional.