O primeiro encontro regional promovido pelo PSDB-Mulher Nacional aconteceu, por meio da nova Plataforma Digital PSDB-Mulher 2020, nesta quinta-feira (9/07) com líderes tucanas de Minas Gerais. A live “Papo de mineiras: Proseando Política e Ampliando Espaços” promoveu o encontro entre uma prefeita de sucesso, Soraia Vieira Queiroz, gestora de Guidoval (MG), e a pré-candidata à prefeitura de Belo Horizonte, Luísa Barreto. A presidente do PSDB-Mulher de Minas Gerais, Walewska Barros Abrantes abriu o debate destacando o empenho do segmento para buscar novas lideranças no interior do estado.
“Temos um propósito desafiador que é ampliar a participação da mulher na política. Temos feito contatos, trabalhando para interiorizar o partido para que todas tenham a mesma oportunidade de conhecer o que é a política feita por mulheres e despertando-as para a política trazendo experiência de sucesso de uma prefeita já em exercício e aquela que vai disputar as eleições para a prefeitura de Belo Horizonte. Eu costumo dizer que as mulheres são de causas e essas causas vão virar nossa prosa durante as lives desse projeto”, salientou.
Na ocasião, a tucana mineira pediu licença para se solidarizar com as famílias das vítimas da covid-19 e homenagear os profissionais que atuam na linha de frente neste momento tão delicado.
“O que o PSDB tem buscado é nos promover nos dando autonomia. O partido ajudou a fazer a regra que é preciso ter no mínimo 30% das candidaturas femininas e depois 30% dos recursos voltados para campanhas de mulheres. É o PSDB que tem o maior número de deputadas e temos uma senadora. Estamos construindo pontes, ampliando espaço”, disse.
Yeda Crusius afirmou que a meta do PSDB-Mulher é repetir o sucesso alcançado nas eleições de 2018, quando aumentou a bancada feminina federal em 60% e contou que a maior aliada para esse feito será a Plataforma Digital PSDB-Mulher 2020, idealizada para oferecer às pré-candidatas capacitações e suporte técnico para que planejem as suas campanhas.
“Estamos construindo uma plataforma de travessia. Queremos chegar lá, como chegamos em 2018 sendo um dos partidos políticos aquele que pôde eleger mais mulheres para a Câmara Federal e para o Senado”, disse.
Gestão Eficiente
“Acho que o maior desafio de um gestor é montar sua equipe. Porque sua equipe tem que ter o mesmo vigor que você. Depois de quase um ano de enchente tirávamos caminhões de lama da cidade. As praças eram cheias de mato. Hoje tenho um orgulho muito grande em apresentar para todo mundo que Guidoval, que estava entre as 10 piores cidades para se viver, hoje tem o IDH médio/alto”, relatou com entusiasmo.
Guidoval atualmente é o 12º do IDH no Brasil. “Já atingimos a meta de 2040”, disse.
A prefeita também promoveu revolução na educação. Hoje é a 3ª cidade com melhor educação do estado de Minas Gerais. “Eu como professora, não podia deixar de investir na educação. Eu renovei a cidade. Eu sempre dizia que precisava melhorar a autoestima da população. Isso eu busquei para minha gestão. Estamos batendo todas as metas da saúde também”, frisou.
Futuro
“Eu sou uma apaixonada por Belo Horizonte e sempre quis poder contribuir mais por minha cidade que infelizmente está parada no tempo. É uma cidade muito boa, mas que vem tendo poucos ganhos para a qualidade de vida da população”, afirmou.
Luísa, que é especialista em políticas públicas e gestão governamental, destacou que Belo Horizonte precisa de um olhar feminino para sua gestão.
“Então decidi me tornar pré-candidata a prefeitura justamente para contribuir um pouco mais, trazer um ar diferente para a cidade. A cidade precisa de uma gestão mais profissional. Eu tenho uma história, uma formação em gestão pública, sou da área de planejamento e tenho muito a contribuir por isso. Tenho um olhar diferente para a cidade, que nunca teve uma prefeita eleita e faz muita falta o olhar feminino aqui em Belo Horizonte. Um olhar de mais sensibilidade para os problemas da população, para que não pense só na cidade, se pense nas pessoas que vive nela. E é a isso que me proponho”, disse.
Pandemia
A prefeita de Guidoval falou também sobre as ações no combate ao coronavírus. A cidade não registrou nenhum caso de contaminação. Para Soraia, isso deve-se ao fato dela ter se antecipado e tomado as medidas preventivas devidas para conscientizar e proteger a população.
“No dia 12 de março quando houve aquela coisa toda. Já cheguei fazendo reunião com todos. A gente montou uma equipe e colocamos carro de som na rua. Estamos agindo firme, lavando as ruas todos os dias. Confeccionamos muitas máscaras e estamos dando orientação a população”, relatou.
Luísa Barreto teceu críticas à postura de Alexandre Kalil, atual prefeito de Belo Horizonte, diante da crise imposta pelo novo coronavírus.
“Belo Horizonte não teve um planejamento adequado para lidar com a pandemia. A gente sabe que as medidas que são adotadas – e devem ser – de distanciamento social elas são feitas para que o Poder Público possa se preparar. Abrir mais leitos, comprar os equipamentos necessários e, isso infelizmente não aconteceu”, afirmou.
Como secretária adjunta de Planejamento e Gestão do governador de Minas, a tucana conseguiu ajuda de mais de R$1,5 bilhão em recursos para o combate ao coronavírus no estado.
“A gente não pode só planejar e não entregar. Eu tenho muita tranquilidade para falar sobre isso porque aqui em Minas eu fui responsável por comprar respiradores com o melhor preço do Brasil. E consegui recursos externos, com mais de 1,5 bilhão para ajuda Minas Gerais no combate a pandemia”, disse.
A tucana alertou também para a falta de estratégia do atual gestor para a retomada da economia e das aulas pós-pandemia.
“Me preocupa muito o fato da gente não ter um plano de retomada econômica. Não estou falando de reabertura. Estou falando de como vamos reeguer a economia Belorizontina no pós-pandemia. Belo Horizonte tem uma vocação muito forte para o comércio e serviços e a prefeitura precisa de um plano de como irá auxiliar a cidade na geração de emprego e renda no pós-pandemia. E tem que ter um plano voltado para o auxílio das pessoas que perderam seu emprego. Hoje são mais de 12 mil empresas fechadas em BH. A situação que se aproxima é muito crítica”, frisou.
Veja a íntegra do “Papo de mineiras: Proseando Política e Ampliando Espaços”: