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Tucanafro: Se não respeita Zumbi, o símbolo da resistência negra, não pode presidir Palmares

No momento em que o Movimento Negro Brasileiro se desdobra em diversos Estados da Federação promovendo ações para enfrentar os efeitos da pandemia do Coronavirus nas comunidades e periferias, assim como se impulsionam atos pelo mundo contra o racismo e a violência policial, após o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos, e de João Pedro no Brasil, este mesmo movimento é atacado de forma agressiva, desrespeitosa e violenta pelo presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo.

O jornal “O Estado de S. Paulo” veiculou o áudio de uma conversa entre Sergio Camargo e assessores, registrado no dia 30 de abril com diversas ofensas, palavrões, ameaças, injúrias e ódio contra o Movimento Negro e uma importante liderança religiosa do Distrito Federal.

Novamente, o sujeito Camargo destila seu ódio contra o Povo Negro em especial, às Comunidades Tradicionais de Matriz Africana. O mesmo proferiu palavrões a grande líder Mãe Baiana, ofendendo-a em sua integridade moral, pessoal e religiosa. Ao ofender uma mulher negra, afro-religiosa e gestora pública de Igualdade Racial, o presidente da Fundação Palmares denota mais uma vez sua verdadeira incapacidade de gestão e contradição com o cargo que ocupa.

Sua postura agressiva ofendeu violentamente o Patrimônio Cultural Afrobrasileiro e todos os integrantes do Movimento Negro em todo território nacional. Na conversa, ele afirmou que o Movimento Negro é “escória maldita” (sic) e que a Fundação Cultural Palmares não irá atender às demandas do Movimento Negro.

Sergio Camargo não conhece o que é Política de Promoção de Igualdade Racial, desconhece o que é zelar pelo Patrimônio Cultural Afrobrasileiro, está refém de um sistema autoritário e racista.

Sérgio Camargo deve ser exonerado do cargo que ocupa, pois não nos representa.

Todo os acontecimentos deixam evidentes o seu desvio de conduta e sua incompatibilidade com a finalidade e as diretrizes desse valioso órgão criado na Constituinte de 1988.

O Tucanafro Nacional repudia veementemente a conduta do Presidente da Fundação Palmares, pedindo providências cabíveis para troca imediata desta gestão.

Gabriela Cruz 

Presidente Nacional do Tucanafro

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