O dia 2 abril foi a data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a comemoração do Dia Mundial da Conscientização do Autismo. O objetivo da data, celebrada desde 2008, é chamar a atenção para o transtorno que atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. No segundo dia de abril, desde o ano passado também é comemorado o Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo, instituído pela Lei 13.652, de 2018. A deputada federal Tereza Nelma (AL) há anos trabalha por melhores políticas públicas para pessoas com autismo. A tucana destacou uma importante vitória conquistada no ano passado, a obrigatoriedade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a inserir no Censo 2020 perguntas sobre o autismo.
A parlamentar também recordou sua batalha para aprovação de Leis Municipais voltadas para esta parcela população.
“Hoje, dia 2 de abril, comemoramos o dia Mundial e Municipal da Síndrome do Espectro Autista. Fui a autora dessa e de outras leis no município de Maceió, para conscientizar a população e debater sobre os direitos dessas pessoas. Destaco aqui a Carteira do Autismo, que hoje é uma realidade em Maceió: uma indicação minha para que essas pessoas possam ter uma real prioridade no atendimento em estabelecimentos públicos e privados”, contou.
A senadora Mara Gabrilli (SP) afirma que a experiência dos últimos anos tem demonstrado como é compensador para a sociedade o reconhecimento das pessoas com deficiência como cidadãos, com pleno acesso a seus direitos civis e constitucionais. As políticas públicas, no entanto, precisam de aperfeiçoamento, que passa diretamente pelo conhecimento científico a respeito do grupo, a ser produzido a partir dos censos, sustenta Mara.
“O Estado e a sociedade passarão a dispor de conhecimentos confiáveis sobre as condições e as demandas das pessoas com autismo, distribuídas que estão por todo o território nacional”, disse.
“Quando começamos a debater o assunto, o autista ainda não era reconhecido como pessoa com deficiência. Fomos pioneiros e nos tornamos referência, através de projeto de lei criado em nosso gabinete. A partir de então, diversas propostas foram apresentadas, em todas as esferas, com o objetivo de trazer o mínimo de qualidade de vida a estas pessoas que merecem nosso respeito”, recordou.
Por conta do seu histórico de luta por mais políticas públicas para pessoas com autismo, Neuzinha de Oliveira é madrinha da Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo.