A deputada federal Shéridan (RR) voltou a cobrar uma iniciativa do governo federal em relação as fronteiras do Brasil. Diante do rápido avanço no número de casos diagnosticados de contaminação pelo novo coronavírus, alguns países da América Latina tomaram medidas extremas, como o fechamento de fronteiras para conter a disseminação da doença. Argentina, Honduras e Peru adotaram a medida. A tucana afirma que a restrição de entrada de estrangeiros no país neste momento pode ser uma medida para reduzir o aumento exponencial da propagação do vírus.
“Por dia, entram de 500 a 600 migrantes no Estado [Roraima] e mesmo com a decisão de fechar será necessário um investimento, pois não se trata apenas de uma questão do nosso Estado, mas também de segurança nacional. Os números da Venezuela, como sempre, não são confiáveis e, portanto, não podemos brincar. É preciso minimizar os riscos de entrada do vírus, restringindo as portas de entradas com o nosso país”, defendeu.
Não é a primeira vez que a deputada Shéridan pede uma ação efetiva do governo federal nas fronteiras do estado de Roraima. Com a crise econômica, política e social na Venezuela, muitos venezuelanos se refugiaram no Brasil. De acordo com a Polícia Federal de Roraima, somente em 2017 mais de 30 mil venezuelanos se deslocaram para a cidade de Boa Vista, capital do estado.
“Desde 2015 venho cobrando atenção para os efeitos da crise migratória na saúde pública de Roraima e do Brasil. Doenças que já estavam erradicadas voltaram”, alertou.
Países da Europa e América do Sul também fecharam fronteiras para tentar conter coronavírus.